segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Algum dia a população mundial irá diminuir?

Algum dia a população mundial irá diminuir?
Por enquanto, não. A população do mundo só vai diminuir quando a equação de nascimentos e óbitos se inverter. Ou seja, precisa morrer mais gente do que nasce. "Não é impossível que isso aconteça, mas serão necessários muitos anos para vermos essa transformação", afirma o demógrafo Carlos Eugênio de Carvalho Ferreira, da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), de São Paulo. Hoje, o mundo tem cerca de 6,3 bilhões de pessoas, uma multidão que aumenta a uma taxa de 1,2% ao ano. Pelos cálculos da Organização das Nações Unidas, a ONU, o crescimento populacional vai desacelerar um pouco nas próximas décadas: por volta de 2050, o índice de crescimento deve estar por volta de 0,3% ao ano. Essa mudança se deve basicamente à diminuição do número de filhos por mulher, principalmente nos países desenvolvidos, e ao aumento da mortalidade nos países afetados pela epidemia de aids. Mesmo com a redução do crescimento, é bem mais difícil que a população encolha em números absolutos. "O que dá para observar é que o crescimento populacional negativo está relacionado à riqueza econômica do país e às altas taxas de escolaridade. Esse panorama, evidentemente, não existe em boa parte do mundo subdesenvolvido", diz o geógrafo Álvaro Luiz Heidrich, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
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Velhice crônica
Na Europa, a população idosa aumenta há 30 anos. Com bons serviços de saúde e saneamento, a mortalidade caiu e a expectativa de vida cresceu. Para completar, a taxa de nascimentos por lá anda em baixa. Com tudo isso, a população europeia deve encolher a uma taxa de -0,09% ao ano até 2015. É o único continente do mundo em que morre mais gente do que nasce.
Gravidez cara
Na China, o governo adotou uma política radical de planejamento familiar a partir de 1980. Em regiões superpovoadas, como na capital Pequim, os casais eram "incentivados" a ter apenas um único filho. Quem não obedecesse à regra teria prejuízo financeiro pagando impostos mais altos, por exemplo. A solução autoritária deu certo: hoje, o crescimento populacional do país é de apenas 0,6%, metade da média mundial.
Surto cruel
Na África, a epidemia de aids é responsável pelo aumento da mortalidade na chamada "África negra", o conjunto de nações que ocupam a porção centro-sul do continente. Os 38 países que sofrem com a doença terão uma redução de 10% na população até 2010. A situação é ainda mais grave em nações como Botsuana, Lesoto, África do Sul e Suazilândia, onde a aids atinge um quinto dos habitantes. (abril)

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