domingo, 23 de outubro de 2011

Falta transparência no combate ao aquecimento

Países desenvolvidos estão longe da transparência no financiamento prometido aos países em desenvolvimento na cúpula climática de Copenhague, em 2009, de acordo com um ranking publicado hoje pelo International Institute for Environment and Development (Iied).
Os pesquisadores David Ciplet e J. Timmons Roberts, da Universidade Brown, nos EUA, Martin Stadelmann, do Centro de Estudos Comparativos e Internacionais e Saleemul Huq e Achala Chandani, do Iied, avaliaram o nível de transparência no monitoramento de US$ 30 bilhões de fundos "novos e adicionais" que concordaram em fornecer aos países em desenvolvimento entre 2010 e 2012.
A Noruega foi o país mais pontuado, mas com apenas 52% de nível de transparência, e a Nova Zelândia ficou em último, com 26%. Em segundo ficou o Japão, com 50%, e em terceiro, a União Europeia, com 48%.
Os autores do ranking dizem que a total falta de transparência dificulta os esforços para monitorar para onde vai o dinheiro e garantir que ele seja gasto de forma responsável. Significa, também, que os países receptores podem ter dificuldades para planejar as suas respostas às mudanças climáticas.
Para avaliar a transparência dos financiamentos eles usaram 25 critérios, divididos em três grupos:
- A informação disponível é adequada e clara?
- Os métodos de medição e alocação de financiamento do clima estão claramente definidos?
- Existem dados sobre cada um dos projetos?
"Um sistema transparente de informação sobre as finanças climáticas é essencial para nos certificarmos de que os fundos são adequados, previsíveis e utilizados de forma responsável", diz David Ciplet.
Os autores do estudo sugerem aos negociadores do clima um registro independente dos financiamentos de iniciativas, incluindo informações sobre os projetos desenvolvidos.
52% é o índice da Noruega, o mais transparente financiador do clima. (OESP)

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