quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Previsões da ONU sobre cordilheira

Previsões de orgão da ONU sobre cordilheira geraram escândalo
"Geleiras no Himalaia estão retrocedendo mais rápido que em qualquer outra parte do mundo e, se essa taxa continuar, a possibilidade de elas desaparecerem até o ano 2035, e talvez antes, é muito alta, se a Terra continuar aquecendo na taxa atual. Sua área total provavelmente encolherá dos atuais 500 mil para 100 mil km2 até o ano 2035 (WWF, 2005)."
"O recuo e o afinamento das geleiras do Himalaia podem ser atribuídos principalmente ao aquecimento global, por causa do aumento das emissões antropogênicas de gases do efeito estufa."
Esqueça o que você acabou de ler acima. Isso é o que dizia o relatório de 2007 do IPCC (o mais recente de uma série produzida a cada seis anos), num pequeno capítulo referente às geleiras do Himalaia. Nas últimas duas semanas, esses dois parágrafos (e mais algumas coisas) foram finalmente corrigidos, com a publicação de várias erratas no site da organização - que já havia admitido o erro, mas nunca publicado uma correção oficial.
No lugar desses dois parágrafos inteiros entrou uma única frase, dizendo: "Muitas geleiras do Himalaia estão retrocedendo." Ponto.
Desde 2007, o Himalaia é uma pedra grande e gelada no sapato do IPCC. O órgão levou dois anos para reconhecer que as previsões apresentadas no relatório não tinham base científica confiável. E teve de fazê-lo pressionado, em meio a um outro escândalo, relacionado ao vazamento de e-mails de alguns de seus autores, no episódio que ficou conhecido como "Climagate".
Apesar disso, o painel ainda é considerado a principal e mais respeitada autoridade científica sobre mudanças climáticas. Os erros são reconhecidos como falhas pontuais dentro de um relatório extremamente robusto, que não invalidam as conclusões principais - de que o aquecimento global é um problema real, muito provavelmente causado pelo homem, com graves consequências para o planeta e que precisa ser tratado com urgência. (OESP)

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