Emissões de CO2 atingem
recorde em 2011, diz Agência Internacional de Energia (AIE)
China teve aumento de
9,3% e puxou alta global. Informações são de balanço da Agência Internacional
de Energia.
As emissões globais
de dióxido de carbono (CO2) pela queima de combustível fóssil
atingiram um recorde de 31,6 bilhões de toneladas, informou um balanço
preliminar publicado em 24/05/12. Foi um aumento de 3,2% em relação ao ano
passado, que detinha a maior marca da história até agora.
O levantamento foi
feito pela Agência Internacional de Energia (AIE), uma organização autônoma
sediada em Paris, que tem como objetivo pesquisar fontes de energia confiáveis,
baratas e limpas para seus 28 países membros – o Brasil não faz parte do grupo.
Segundo o
levantamento, a principal fonte do CO2 emitido em 2011 foi a queima
de carvão, que respondeu por 45% desse tipo de poluição. Em seguida, aparecem o
petróleo, com 35%, e o gás natural, com 20%.
Reduzir as emissões é
essencial para controlar o aquecimento global, já que o gás é um dos principais
responsáveis pelo fenômeno. Segundo o estudo, o máximo que as emissões podem
atingir por ano são 32,6 bilhões de toneladas, pico que deve ocorrer em 2017,
para que o aumento da média da temperatura global não ultrapasse 2ºC.
China puxa a alta
A China foi a
principal responsável pela alta nas emissões globais. Ela sozinha aumentou suas
emissões em 720 milhões de toneladas – o aumento absoluto global foi de 1
bilhão de toneladas. Percentualmente, o país, que é o principal emissor de CO2
do mundo, teve aumento de 9,3%. No entanto, o relatório ressalta que a China
tem adotado medidas para aumentar sua eficiência energética, e que as emissões
estão crescendo menos que a economia, o que é positivo.
A Índia também teve
um aumento significativo. O país emitiu 140 milhões de toneladas a mais que em
2010, um crescimento relativo de 8,7%.
Nos países da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo que
inclui EUA, Canadá, Austrália, Japão e a maioria dos países europeus, houve
redução de 0,6% das emissões.
As emissões
norte-americanas caíram 1,7% em 2011, principalmente pela substituição de
usinas a carvão para gás natural e também por um inverno mais brando que
reduziu a demanda por aquecimento, segundo a AIE.
Apesar dos números,
as emissões per capita dos dois países mais populosos do mundo ainda está bem
abaixo dos países ricos. Cada chinês emitiu, em média, 63% do que emitiu um
morador dos países da OCDE. Na mesma comparação, um indiano emitiu 15% da média
da OCDE. (EcoDebate)
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