Concentração de CO2 atinge seu mais alto nível em
4 milhões de anos, alerta ONU
“Curva de Keeling”, que mostra a evolução das concentrações
atmosféricas de CO2 ano a ano ao longo das últimas
cinco décadas.
No contexto atual de
“perigo claro e presente”, depois das concentrações de dióxido de carbono do
mundo ter superado seu mais alto nível em 4 milhões de anos, o organismo de
combate à mudança climática das Nações Unidas alerta que uma resposta conjunta
e melhorada é necessária para afastar os impactos das mudanças climáticas.
“O mundo precisa
acordar e entender o que isso significa para o desenvolvimento econômico, a
segurança e o bem-estar humano”, disse a
secretária-executiva da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança
Climática (UNFCCC), Christiana Figueres.
“No contexto atual do
perigo claro e presente, precisamos de uma resposta política que
verdadeiramente lide com o desafio”, adicionou, pedindo uma “resposta melhorada
em todos os três pilares centrais de ação: por parte da comunidade
internacional, por parte dos governos em todos os níveis e pelos responsáveis
pelos negócios e finanças.”
A declaração foi
feita após o anúncio de que a concentração global do dióxido de carbono preso
pelo calor na atmosfera ultrapassou na semana passada a marca das 400 ppm
(partes por milhão).
A última vez que as
concentrações de carbono haviam atingido essa marca foi durante uma época
chamada de Plioceno, quando a temperatura diária era muito mais quente, as
calotas polares menores e o nível do mar era até 25 metros mais alto, há 4
milhões de anos.
Neste cenário, os
governos se reunirão durante duas semanas — a partir do dia 3 de junho, em
Bonn, Alemanha — para a próxima rodada de negociações sobre o tema, sob
coordenação da UNFCCC. O foco central será de negociações para a construção de
um novo acordo climático global e para a efetivação de ações em relação ao
tema. (EcoDebate)
Nenhum comentário:
Postar um comentário