Bacia Amazônica é a maior bacia hidrográfica do planeta, com um quinto
do fluxo pluvial do mundo: embarcações são o principal meio de transporte.
A Amazônica é a maior bacia hidrográfica do planeta, com um
quinto do fluxo pluvial do mundo em seus 7.000.000 km2. A região é
vista como a última fronteira para a geração de energia hidroelétrica do Brasil
e, nos próximos dez anos, a geração de energia na região deverá crescer 277%,
segundo os planos do governo.
As estradas que ligam as capitais da região ao restante do
País são precárias, e as hidrovias sempre foram apontadas como uma opção mais
barata até mesmo do que as ferrovias. Mas para o desenvolvimento do transporte
hidroviário, as hidrelétricas precisam ser construídas com eclusas para a
transposição dos desníveis, o que em geral não acontece.
A Hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, por exemplo, foi
inaugurada sem eclusas em 1984. Só em 2010 a eclusa foi inaugurada, com
investimento de R$ 1,6 bilhão. Mas o sistema não melhorou em nada a navegação,
pois ainda não foi resolvida a remoção de outro obstáculo mais adiante, o
Pedral do Lourenço, um trecho de cerca de 40 quilômetros onde a passagem de
embarcações ainda não é possível.
Embarcações no Rio Solimões, no Amazonas: transporte
hidroviário domina a região.
Mobilidade
Transporte hidroviário é a principal opção de locomoção para
os moradores da região. Mas faltam cartas hidrográficas para o desenvolvimento
do transporte de cargas.
Transporte de bananas no Porto de Manaus
Transporte de mercadorias no Porto de Manaus
Porto no Rio Negro, em Manaus: barcos
transportam passageiros e boa parte das riquezas da região Norte
Porto no Rio Negro, em Manaus: barcos
transportam passageiros e boa parte das riquezas da região Norte
Porto no Rio Negro, em Manaus: barcos
transportam passageiros e boa parte das riquezas da região Norte
Porto no Rio Negro, em Manaus: barcos
transportam passageiros e boa parte das riquezas da região Norte
Posto de abastecimento para
bancos no município de Coari
Desenvolvimento
Royalties do gás natural
proveniente da Reserva de Urucu, explorada pela Petrobrás, devem ser usados em
prol do município de Coari, no Amazonas.
Porto no Rio Negro, em Manaus: barcos transportam
passageiros e boa parte das riquezas da região NortePorto no Rio Negro, em Manaus: barcos transportam passageiros e boa parte das riquezas da região Norte
Rio Jauaperi, no Amazonas: barcos
transportam passageiros e boa parte das riquezas da região Norte
Passageiros em barco no Rio Negro entre Manaus e
Teffé
Passageiros em barco no Rio Negro entre Manaus e
Teffé
Transporte de mercadorias no
Porto de Manaus
Passageiros em barco no Rio Negro entre Manaus e
Teffé
Hidrovias
Para aproveitar melhor seus rios como opção de transporte, a
Amazônia ainda precisa de cartas cartográficas que indiquem dados sobre a
navegabilidade na região. Para discutir o assunto, a Administração das
Hidrovias da Amazônia Ocidental (Ahimoc), órgão vinculado ao Ministério dos
Transportes, promoveu em Manaus em dezembro o seminário "O futuro
amazônico: Hidrovias 2014 a 2031". O evento contou com a participação da
Marinha do Brasil, entidades e empresários ligados ao setor.
Na avaliação do vice-almirante do Comando do 9.º Distrito
Naval, Domingos Savio Almeida, as cartas hidrográficas são indispensáveis para
o desenvolvimento das hidrovias. "Temos dados catalogados, mas os rios da
Amazônia estão em constantes alterações e necessitamos de novas informações.
Cabe a nós dizer aos práticos qual é o melhor canal de navegação."
Segundo o almirante Savio, esse é o maior desafio da Marinha
do Brasil no que se refere a hidrovias. A instituição tem três navios hidro
oceanográficos para desenvolver esse trabalho. "Já começamos a tabular os
dados no percurso que compreende o Rio Solimões ao município de Autazes, numa
distância de 320 quilômetros."
A meta é que os demais navios também atuem na região
amazônica. No Amazonas, a sondagem é feita atualmente no trecho entre Manaus e
Coari, área onde a Petrobrás produz gás natural. "Estamos sendo acionados
por empresários que atuam no segmento de gás e, independentemente disso,
trataremos de fazer novas cartas cartográficas, pois é nossa
responsabilidade", reafirma o almirante.
Energia
Vista aérea do local onde será construída a barragem da
Hidrelétrica Teles Pires que fica no Rio Teles Pires na divisa dos Estados do
Mato Grosso e Pará, próximo da Cidade de Paranaita.
Rio Teles Pires é desviado para construção de barragem de 80
metros de altura.
Investimento
Segundo o coordenador-geral de planejamento do Ministério
dos Transportes, Luiz Carlos Rodrigues Ribeiro, o Plano Hidrográfico
Estratégico (PHE) prevê investimento de R$ 302 milhões na Amazônia,
principalmente nos Rios Amazonas e Madeira. As obras devem começar em 2014.
Segundo Ribeiro, cabe ao Ministério dos Transportes promover
a sinalização, drenagem e outras obras de infraestrutura. Durante o seminário,
o engenheiro da Ahimoc, Jorge de Almeida Barroso, anunciou que a instituição
vai garantir aos empresários do setor um calado de 3,20 metros de
navegabilidade no rio Amazonas (OESP)
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