Perdas econômicas globais causadas por clima extremo
aumentaram para US$ 200 bi por ano na última década
Perdas econômicas
globais causadas por situações extremas no clima aumentaram para quase 200
bilhões de dólares por ano na última década, e parece certo que vão subir ainda
mais já que a mudança climática está piorando, de acordo com um relatório do
Banco Mundial divulgado em 18/11/13.
Um painel de
cientistas da ONU alertou que inundações, secas e tempestades provavelmente vão
se tornar mais severas no próximo século, à medida que as emissões de gases do
efeito estufa aquecem o clima do planeta.
“As perdas econômicas
estão aumentando, de 50 bilhões de dólares a cada ano na década de 1980 para
quase 200 bilhões de dólares na década passada, e cerca de três quartos dessas
perdas são resultado de condições meteorológicas extremas”, disse a
vice-presidente do Banco Mundial para Desenvolvimento Sustentável, Rachel Kyte.
“Embora não se possa
relacionar uma só condição meteorológica com mudança climática, os cientistas
vêm alertando que situações extremas no clima vão aumentar de intensidade se a
mudança climática não for controlada”, acrescentou.
A companhia de
resseguros Munich Re estimou que as perdas totais de desastres foram de 3,8
trilhões de dólares de 1980 a 2012, e atribuiu 74% delas a condições
meteorológicas extremas.
Mais de 3.900 pessoas
morreram no tufão Haiyan que atingiu as Filipinas neste mês, uma das
tempestades mais poderosas registradas até hoje.
O tufão atraiu a
atenção para o impacto da mudança climática e coincidiu com o início das
conversações sobre clima, que aconteceu entre 11 e 22 de novembro/2013, em
Varsóvia, Polônia, onde governos estão tentaram traçar planos para reduzir seus
efeitos.
RISCO PARA EMERGENTES
Representantes de
muitos países disseram que o tufão se encaixa nas tendências de condições
meteorológicas extremas e era um exemplo para motivar a adoção de medidas em
Varsóvia, ou seja, traçar o esboço de um acordo mundial em 2015 para entrar em
vigor a partir de 2020.
Mas o painel de
cientistas da ONU afirmou haver apenas “baixa convicção” de que as emissões
humanas contribuíram para a intensidade dos ciclones –termo que abrange tufões
e furacões-? desde 1950.
Como parte das conversações,
os governos discutiram mecanismos para ajudar países mais pobres a lidar com os
danos e as perdas causados por mudanças climáticas.
Embora desastres
relacionados com o tempo possam afetar todos os países, as mais graves perdas
humanas e econômicas devem ocorrer em nações em rápido crescimento, como as da
Ásia, que erguem suas economias em áreas vulneráveis a inundações, secas e
temperaturas extremas, disse o Banco Mundial.
De acordo com o
banco, a média do impacto de desastres nesses países equivaleu a 1 por cento do
Produto Interno Bruto (PIB) de 2001 a 2006 ?- dez vezes maior do que a média
para nações de renda elevada.
Para ajudar a evitar
custos futuros inimagináveis, os governos deveriam se concentrar em tornar seus
países mais prevenidos contra desastres, mesmo que isso possa requerer de
início investimentos, acrescentou. (ecodebate)
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