domingo, 23 de fevereiro de 2014

Para Sabesp, reduzir perdas “é muito complicado”

Água desperdiçada: para Sabesp, reduzir perdas “é muito complicado”
Perdas efetivas de água em 2013 atingiram 31,2% sobre o volume produzido pela empresa.
A presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Dilma Pena, disse na terça-feira (18) que há várias formas de medir o volume de água desperdiçada na distribuição aos consumidores e que a empresa tem um programa "muito agressivo" de redução de perdas, com uma programação de financiamento já contratada de R$ 4 bilhões. Segundo ela, porém, é "complicado" reduzir o volume de água perdida.
Reportagem publicada pelo Estado mostra que as perdas efetivas de água em 2013 atingiram 31,2% sobre o volume produzido pela Sabesp. A companhia, contudo, divulga que o índice foi de 24,4%. A diferença ocorre porque a Sabesp compara a produção total com o volume de água pago pelos consumidores, que é maior do que o volume consumido, já que cerca de 35% dos usuários pagam uma tarifa mínima de R$ 16,82 por até dez mil litros por mês, mesmo tendo gasto uma quantidade menor, como explica Dilma.
— Todo sistema de abastecimento de água, no mundo inteiro, tem algum tipo de vazamento. Há métricas, formas, de medir o vazamento. Você pode calcular a perda pelo micromedido e, nesse caso, não calcula tudo o que é consumido, por exemplo, em áreas irregulares, favelas. Tudo isso não entra na perda, mas reflete na produção.
Ela destacou que a Região Metropolitana de São Paulo e a Baixada Santista "ainda têm muitas áreas irregulares" e que isso interfere na medição.
— E tem outra forma de medir, que é a forma que a Sabesp publica no balanço, que é por faturamento. Então, quanto que a Sabesp produz e quanto que ela fatura de água. Aí estão embutidos também um porcentual de perdas físicas, em torno de 15 a 16%. 
Segundo Dilma, é "muito complicado" reduzir perdas.
— Passar de 35 (%) para 28 (%) é muito simples e se gasta pouco dinheiro. Passar de 28 (%) para o que queremos, em torno de 18 (%) até o fim da década, é muita tecnologia e muito dinheiro. (r7)

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