Economia de água em SP abasteceria 1,3 milhão de pessoas por
dia
Um mês após o início da política de incentivo à redução de consumo de
água na Grande São Paulo, foi possível economizar, em média, 1.985 litros por
segundo --o equivalente a 14 banhos de 15 minutos. Apesar disso, e da chuva que
voltou à capital, o nível dos reservatórios do Sistema Cantareira - que
abastece 47% da Grande São Paulo - continua baixo. Em 05/03/14 o índice caiu
para 16,1%.
De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
(Sabesp), a economia aumentou desde que foi implementado o bônus. Na primeira
semana, houve redução de 500 litros/segundo. Na segunda semana, foi de 2.120
litros/segundo. Já na terceira e quarta semanas, o alívio chegou a 2.320 e
3.000 litros por segundo, respectivamente.
Falta de chuvas
afeta abastecimento de água em São Paulo
Represa Jaguari, que integra o Sistema da Cantareira da Sabesp
(Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) fica com solo seco e
rachado devido à falta de chuvas no Estado. O reservatório fica em Bragança
Paulista (SP) e é o principal fornecedor de água para a capital e regulador da
vazão dos mais importantes rios da região de Campinas.
Considerando a média diária de consumo por pessoa na região, que é de
161 litros, a cada dia seria possível abastecer cerca de 1,065 milhão de
pessoas com a economia obtida de 1.985 litros/segundo. Isso representa 12,1%
das cerca de 8,8 milhões de pessoas na capital paulista que dependem do Sistema
Cantareira.
Os reservatórios da
Grande SP
Se o consumo diário por pessoa passasse a ser o proposto pela Sabesp,
que é de 128 litros, essa economia atual equivaleria ao abastecimento de 1,3
milhão de pessoas.
Cantareira
Apesar do avanço, as preocupações com o nível dos reservatórios aumentam
a cada dia. Segundo a Sabesp, o índice pluviométrico acumulado em março na
Cantareira é de 39,3 milímetros até agora. Para o mês, a média histórica de
chuvas é de 184,1 milímetros.
Já em fevereiro choveu somente 73 milímetros, ante uma média histórica
de 202,6 milímetros de chuva prevista para o mês. Em janeiro, choveu 87,8 mm,
quando a média do mês é de 259,9 mm.
Colabore
Dicas de como economizar água
Calcule o quanto você gasta no banho
Você sabe economizar água?
O sistema atingiu neste ano seu pior quadro para os meses de janeiro e
fevereiro desde que foi construído, em 1974. O nível dos reservatórios
registrou quedas durante quase todo o verão, a época mais chuvosa - em que as
represas deveriam estar sendo recarregadas para garantir o fornecimento de água
na estiagem, que começa no próximo mês.
Desde dezembro só houve um dia em que se registrou aumento no nível de
abastecimento do sistema. De 28/02 para 01/03, o volume de água passou de 16,4%
para 16,6% e voltou ao patamar observado no dia 27, conforme as informações do
portal da Sabesp. Também só houve um dia em que o nível ficou estável, em 17 de
fevereiro, com 18,5% da capacidade.
E não é só no Sistema Cantareira que há registro de quedas. No Sistema
Alto Tietê, que abastece a zona leste e alguns municípios da Grande São Paulo,
o nível de armazenamento passou de 38,6% para 38,4%. A pluviometria acumulada
no mês chegou a um total de 28,4 milímetros, enquanto a média histórica de
chuvas para o sistema é de 175,4 milímetros. (uol)
Nenhum comentário:
Postar um comentário