sexta-feira, 7 de março de 2014

Economia de água em SP abasteceria 1,3 milhão pessoas/dia

Economia de água em SP abasteceria 1,3 milhão de pessoas por dia
Um mês após o início da política de incentivo à redução de consumo de água na Grande São Paulo, foi possível economizar, em média, 1.985 litros por segundo --o equivalente a 14 banhos de 15 minutos. Apesar disso, e da chuva que voltou à capital, o nível dos reservatórios do Sistema Cantareira - que abastece 47% da Grande São Paulo - continua baixo. Em 05/03/14 o índice caiu para 16,1%.
De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a economia aumentou desde que foi implementado o bônus. Na primeira semana, houve redução de 500 litros/segundo. Na segunda semana, foi de 2.120 litros/segundo. Já na terceira e quarta semanas, o alívio chegou a 2.320 e 3.000 litros por segundo, respectivamente.
Falta de chuvas afeta abastecimento de água em São Paulo
Represa Jaguari, que integra o Sistema da Cantareira da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) fica com solo seco e rachado devido à falta de chuvas no Estado. O reservatório fica em Bragança Paulista (SP) e é o principal fornecedor de água para a capital e regulador da vazão dos mais importantes rios da região de Campinas.
Considerando a média diária de consumo por pessoa na região, que é de 161 litros, a cada dia seria possível abastecer cerca de 1,065 milhão de pessoas com a economia obtida de 1.985 litros/segundo. Isso representa 12,1% das cerca de 8,8 milhões de pessoas na capital paulista que dependem do Sistema Cantareira.
Os reservatórios da Grande SP 
Se o consumo diário por pessoa passasse a ser o proposto pela Sabesp, que é de 128 litros, essa economia atual equivaleria ao abastecimento de 1,3 milhão de pessoas.
Cantareira
Apesar do avanço, as preocupações com o nível dos reservatórios aumentam a cada dia. Segundo a Sabesp, o índice pluviométrico acumulado em março na Cantareira é de 39,3 milímetros até agora. Para o mês, a média histórica de chuvas é de 184,1 milímetros.
Já em fevereiro choveu somente 73 milímetros, ante uma média histórica de 202,6 milímetros de chuva prevista para o mês. Em janeiro, choveu 87,8 mm, quando a média do mês é de 259,9 mm.
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O sistema atingiu neste ano seu pior quadro para os meses de janeiro e fevereiro desde que foi construído, em 1974. O nível dos reservatórios registrou quedas durante quase todo o verão, a época mais chuvosa - em que as represas deveriam estar sendo recarregadas para garantir o fornecimento de água na estiagem, que começa no próximo mês.
Desde dezembro só houve um dia em que se registrou aumento no nível de abastecimento do sistema. De 28/02 para 01/03, o volume de água passou de 16,4% para 16,6% e voltou ao patamar observado no dia 27, conforme as informações do portal da Sabesp. Também só houve um dia em que o nível ficou estável, em 17 de fevereiro, com 18,5% da capacidade.
E não é só no Sistema Cantareira que há registro de quedas. No Sistema Alto Tietê, que abastece a zona leste e alguns municípios da Grande São Paulo, o nível de armazenamento passou de 38,6% para 38,4%. A pluviometria acumulada no mês chegou a um total de 28,4 milímetros, enquanto a média histórica de chuvas para o sistema é de 175,4 milímetros. (uol)

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