quinta-feira, 17 de abril de 2014

Água no Butantã é cortada à noite

Água no Butantã é cortada à noite e volta suja e com cheiro de cloro
Bairro em parte alta da cidade está há um mês com problemas; Sabesp nega que região passe por racionamento
No Butantã, na zona oeste, bairro abastecido pelo Sistema Guarapiranga, os moradores convivem há pelo menos um mês com o corte de água durante a noite. Quando o serviço é reestabelecido pela manhã, a água vem com cor escura e forte cheiro de cloro.
"Não dá para beber essa água que parece estar morta. Tenho amigos que vivem em Minas Gerais e pego água mineral com eles", afirmou a curadora Daniela Castro, de 38 anos, moradora da Rua Capitão Frederico Pradel.
A rua dela fica em uma parte alta do bairro às margens da Rodovia Raposo Tavares. Segundo o ofício da Prefeitura, é nesse tipo de região que o fornecimento pode ser prejudicado pela falta de pressão. Daniela também afirmou que espera mais "transparência" das autoridades.
O vizinho dela, o aposentado Alessio Tadeu Mautone, disse que as torneiras com água da rua secam durante a noite há cerca de um mês. Além de não ter água durante a noite, a que vem pela manhã faz com a família tenha de limpar a vela do filtro a cada dois dias. "Fica escura, com um cheiro forte muito ruim. Como a água passa por ali, precisamos limpar sempre. O pior é que percebi que o filtro fica sujo por causa da água há uma semana", afirmou. Ele também disse que os banhos estão sendo mais curtos "para não faltar água na caixa à noite".
Na Rua Albino Tanganelli Neto, o mecânico Paschoal Oliva Junior, de 47 anos, mudou a rotina nas tarefas de casa após perceber que as torneiras secam todos os dias a partir das 21h. "Estou guardando a água da máquina de lavar, que já tem produtos de limpeza, para lavar a garagem. Só lavo as roupas quando há um monte grande de peças e posso encher a máquina de uma só vez", afirmou.
"Eu acredito que a falta de água durante a noite é uma forma, sim, de racionamento. Só acho que nós, moradores que pagamos a conta, precisávamos ser avisados dessa medida antes", disse o mecânico.
Como Paschoal faz a manutenção de veículos na garagem, a água reservada da máquina é usada para limpar a área.
Procurada, a Sabesp negou que a região esteja sofrendo racionamento de água. De acordo com a concessionária, "poderão ser constatados eventuais momentos de intermitência no fornecimento de água por causa das manobras técnicas operacionais e pontuais para a transferência de vazões dos sistemas Guarapiranga e Alto Tietê". (OESP)

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