O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou
m 21/04/14 que vai utilizar um terceiro manancial que abastece a
Grande São Paulo para suprir a crise hídrica do Sistema Cantareira e confirmou
que vai cobrar multa ainda neste semestre de quem aumentar o consumo de água.
Segundo Alckmin, o Sistema Rio Grande, que capta água de um
braço da Represa Billings, na região do ABC, deverá ser usado para ajudar a
abastecer bairros da capital que são atendidos pelo Cantareira por meio da
reversão de água pela rede. Hoje, o remanejamento é feito dos sistemas Alto
Tietê e Guarapiranga para cerca de 1,6 milhão de domicílios.
"Vai entrar também daqui a alguns meses o Rio Grande.
Então, vamos substituindo várias áreas por outros sistemas", disse Alckmin
durante a entrega de obras e liberação de recursos na região de Franca,
interior paulista. O Rio Grande abastece cerca de 1,6 milhão de pessoas nas
cidades de Diadema, Santo André e São Bernardo, o que corresponde a 7% da
Grande São Paulo. O sistema hoje está com 94,6% da capacidade, bem acima do
Cantareira, que registra 12%, recorde negativo.
Segundo o governador, a partir de maio, os moradores da
Região Metropolitana abastecidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado
de São Paulo (Sabesp) deverão ser multados se aumentarem o consumo de água.
Para Alckmin, a medida vem se somar ao desconto de 30% para quem economizar ao
menos 20%. "Então vamos estabelecer o ônus para quem gastar mais
água", disse o tucano.
Mesmo com as novas medidas previstas, Alckmin voltou a
afirmar que o racionamento de água generalizado não está descartado. "Se
for necessário será feito", afirmou. Na semana passada, o comitê anticrise
que monitora o Cantareira recomendou que a Sabesp se planeje para captar menos
água do manancial que abastece 47% da Grande São Paulo. O governador falou que
tem tomado medidas para evitar o uso do chamado "volume morto" do
Cantareira, cerca de 400 bilhões de litros represados abaixo do nível das
comportas. "Estamos fazendo o bônus para evitar o desperdício e os outros
sistemas também estão ajudando o Cantareira".
Alckmin disse ainda que quando o Cantareira chegar a 6% ele
entra na reserva técnica. "Só pretendemos utilizar 190 dos 400 milhões de
m3 água". Ele justificou a medida sob o argumento de que o
Cantareira está vivendo a maior estiagem dos últimos 100 anos. "É para
esses momentos de estresse hídrico que você tem a reserva técnica",
afirmou o tucano. (yahoo)
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