Água do Cantareira chega a
8,6%
Com
quedas sucessivas desde o dia 15/04/14, o volume de água armazenado no Sistema
Cantareira voltou a baixar em 13/05/14, atingindo 8,6%. De acordo com os dados
da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a última vez
que o reservatório apresentou pequeno acréscimo foi há quase um mês, quando o
nível de armazenamento passou de 12% para 12,3%. O sistema, que é o maior do
estado, abastece cerca de 9 milhões de pessoas na região metropolitana de São
Paulo.
A
situação crítica do Cantareira, a pior desde que ele foi criado na década de
1970, está sendo debatida hoje em Campinas com representantes de sindicatos
rurais, segundo a assessoria de imprensa da Agência Nacional de Águas (ANA). O
encontro foi uma das sugestões do Grupo Técnico de Assessoramento para gestão
do Sistema Cantareira (Gtag – Cantareira), formado por representantes da
agência e do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo,
para analisar e monitorar semanalmente as condições dos reservatórios.
De
acordo com a ANA, já foram feitas três reuniões desde o dia 7. O primeiro
encontro ocorreu com quatro municípios de Minas Gerais e de São Paulo, que
ficam acima do Sistema Cantareira. Participaram representantes de prefeituras e
empresas. Um encontro similar foi feito com municípios paulistas localizados
abaixo do sistema. Hoje, na parte da manhã, o encontro foi com sindicalistas e,
à tarde, com empresários. O objetivo é ouvir os diversos setores, avaliar a
situação de estiagem e observar medidas que diminuam o impacto.
Estes
encontros, no entanto, servirão apenas de subsídio para as decisões técnicas a
serem sugeridas pelo Gtag. A próxima reunião do grupo técnico ocorre em 16/05,
na qual serão avaliados o que é usado e o que é demandado ao sistema. O último
comunicado do grupo, do dia 30 de abril, considera que o volume útil do
Cantareira pode se esgotar no início de julho. Em 15/05/14, no entanto, as
obras que possibilitam a retirada de águas do fundo das represas, o chamado
volume morto, serão concluídas.
Estão
sendo construídos dois canais de 3,5 quilômetros e instaladas 17 bombas, que
envolvem um investimento de R$ 80 milhões. O uso desta reserva já havia sido
apontado, há um mês, pela presidenta da Sabesp, Dilma Pena. Então, o nível do
reservatório estava em 12%. A companhia informou que o total de água abaixo do
nível das comportas chega a 300 bilhões de litros, mas serão disponibilizados,
neste momento, 200 bilhões. Este volume é suficiente para abastecer os
moradores da região metropolitana por quatro meses. (noticiasagricolas)
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