Vazão do Rio Atibaia voltou ao nível
crítico; rodízio divide a cidade em quatro regiões.
Terceira maior cidade do Estado (com
população menor só que São Paulo e Guarulhos), Campinas pode iniciar
racionamento de água ainda na primeira semana de maio/14. A vazão do Rio
Atibaia, que abastece 95% da população, de 1,09 milhão de pessoas, caiu para
6,6 m3/s no fim de semana e voltou ao nível crítico, segundo a
sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa).
A Sanasa havia divulgado que a água passaria a ser racionada quando a
vazão do Atibaia baixasse para 4,0 m³/s, mas a prefeitura não pretende esperar
esse limite, pois a falta de chuvas deve estender-se até setembro. Ontem, com a
redução no consumo, houve ligeira recuperação para 8,5 m³/s, mas a expectativa é de estiagem prolongada.
A empresa não confirmou o início do racionamento. Em seu site na
internet, porém, voltou a pedir à população que economize e denuncie o
desperdício de água. Desde fevereiro, está proibido na cidade usar água para
lavar calçadas, residências, comércio ou veículos, sob pena de multa. As
medidas resultaram em economia de 10%.
O nível do rio, recuperado parcialmente com as chuvas do início de
março, vem baixando de forma progressiva, por causa do tempo seco. Há dez dias,
a vazão estava em 8,9 m³/s. A queda no fim de semana foi atribuída ao aumento
no consumo, uma vez que maior número de pessoas permanece em casa. Caso a
restrição no abastecimento seja adotada, será na forma de rodízio, com a cidade
dividida em quatro regiões.
Cantareira
O Rio Atibaia recebe as águas excedentes do Sistema Cantareira, que
abastece a Grande São Paulo. O Cantareira atingiu ontem o nível histórico mais
baixo desde a criação do sistema, com apenas 10% da capacidade. A falta de água
nos reservatórios afeta toda a bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Ao lado do Rio Jaguari, o Atibaia forma o Rio Piracicaba, que também tem o
nível muito baixo.
Quatro cidades da região de Campinas - Valinhos, Vinhedo, Cosmópolis e
São Pedro - adotaram oficialmente o rodízio. O município de Itu, entre Campinas
e Sorocaba, também raciona água desde janeiro. Outras cidades da região, como
Mombuca, Monte Mor e Paulínia, adotaram medidas para reduzir o consumo.
62% era o nível do Sistema Cantareira há um
ano. A expectativa é de que o uso de 182 bilhões de litros do chamado volume
morto elevará a capacidade para 28,5%. (OESP)
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