Mais uma cidade chinesa, Hangzhou, decidiu limitar a compra de
automóveis, um luxo até há pouco tempo inacessível, mas que nos últimos três
anos se tornou grande fonte de poluição e um quebra-cabeças urbano.
Em 27/03/14 para tentar melhorar a qualidade do ar e aliviar o trânsito,
o governo municipal de Hangzhou restringiu para 80 mil o número de automóveis
que podem ser vendidos anualmente na cidade, uma das mais turísticas do país.
Oitenta por cento das novas matrículas serão sorteadas e as restantes vão a
leilão, com uma base de licitação de 10 mil yuan (cerca de € 1.200).
Capital da próspera província de Zhejiang, na Costa Leste da China, e
sede de um município com cerca de 8 milhões de habitantes, Hangzhou é a sexta
cidade chinesa a limitar a venda de automóveis, depois de Pequim, Xangai,
Cantão, Guiyang e Tianjin.
As autoridades ambientais de Hangzhou estimam que as emissões dos
automóveis sejam responsáveis por 39,5% da densidade das partículas PM2.5, que
afetam a qualidade do ar na cidade. Há pouco mais de duas décadas, a bicicleta
era o único meio de transporte privado a que a maioria das famílias chinesas
podia aspirar.
Em 2009, a China tornou-se o maior mercado de automóvel do mundo,
ultrapassando os Estados Unidos da América, mas a densidade de veículos –
estimada em cerca de 100 por cada mil habitantes – continua a ser muito
inferior aos valores dos países mais desenvolvidos.
Apesar das crescentes restrições, em 2013 as vendas de veículos
aumentaram 14% e todos os meses, em média, há mais de 1 milhão de novos
automóveis nas estradas chinesas. (ecodebate)
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