Com o uso do ‘volume morto’, nível do Cantareira chega a
26,7%.
Sabesp começa a considerar fundo de represas; sem isso, capacidade útil
seria de apenas 8,2%.
Governo de SP começou a captar água do 'volume morto' na quinta
Ao considerar desde
16/05/14 que a água do "volume morto", a Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) elevou de 8,2% para 26,7% o nível do
Sistema Cantareira, que abastece 8 milhões de pessoas na Região Metropolitana
de São Paulo.
Segundo a
companhia, o "volume morto" acrescenta 18,5% ao volume útil - o
equivalente a 400 milhões de metros cúbicos de água armazenados abaixo das
comportas do Cantareira. A captação foi inaugurada em 15/05 pelo governador
Geraldo Alckmin (PSDB), em Joanópolis, no interior paulista, na tentativa de
evitar o desabastecimento de todo o sistema.
A partir de
domingo, os moradores da Grande São Paulo que ainda são abastecidos pelo
Sistema Cantareira já começam a receber água do "volume morto" do
manancial, conforme antecipou o Estado na quinta. Os técnicos do governo
paulista, no entanto, não sabem quanto tempo os 182 bilhões de litros
adicionais devem durar.
Segundo estimativa
feita pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, o próximo período chuvoso só
deve registrar pluviometria dentro da média em dezembro. "(A duração do
volume morto) Vai depender das obras que estamos fazendo, da continuação da boa
vontade das pessoas e da situação meteorológica. Pode durar a vida inteira.
Basta que volte a chover normalmente", disse o secretário de Saneamento e
Recursos Hídricos, Mauro Arce. Maio, por exemplo, não deve ser bom para o
Cantareira. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), até esta
sexta havia chovido 0,7 milímetro. A média de maio é de 83,2 milímetros.
Arce não quis
estimar por quanto tempo será usado o "volume morto". As projeções da
Sabesp apontavam novembro como prazo final da reserva. Há duas semanas, no
entanto, o secretário disse que ela duraria até março de 2015.
Qualidade
Quanto à qualidade
do "volume morto", questionada por ambientalistas e promotores por
causa de uma possível contaminação por metais pesados, o governador Geraldo
Alckmin garantiu por várias vezes que a água é atestada tanto pela Sabesp quanto
pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). "Ela é igual às
demais águas." (OESP)
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