Governo americano
quer reduzir 30% das emissões de carbono no setor energético até 2030
Governo americano
anuncia plano ambicioso para diminuir a poluição e deixa nas mãos de cada
estado a decisão de estipular as diretrizes para cumprir a meta.
O governo dos Estados
Unidos anunciou em 02/06/14 medidas para reduzir 30% das emissões de carbono
provenientes da geração de energia elétrica até 2030, em relação aos níveis
medidos em 2005. A meta é ação mais ambiciosa do presidente Barack Obama no
combate às mudanças climáticas.
Segundo a proposta,
os estados americanos têm a liberdade para escolher os meios para alcançar essa
meta, mas terão, até 2016, que apresentar seus planos a Washington. A diretora
da Agência de Proteção Ambiental americana, Gina McCarthy, diz que, apesar de
ambiciosa, a meta é alcançável.
“A chave para o plano
funcionar é um projeto para cada estado feito sob medida, de acordo com suas
próprias circunstâncias, além da flexibilidade que eles possuem para alcançar a
meta, como e onde for melhor para eles”, afirma McCarthy.
A agência oferecerá
uma série de opções, com base na produção de eletricidade e volume de emissões,
para que os estados possam atingir a meta. As alternativas incluem a eficiência
de usinas, a redução da geração a partir do carvão e o investimento em fontes
renováveis.
Os EUA são o segundo
país que mais emite gases do efeito estufa no mundo, e a geração de
eletricidade é a maior responsável pela poluição – quase 40% das emissões de
dióxido de carbono são provenientes do setor.
Carvão é o vilão
Segundo o governo
americano, desde 2005 o setor energético já reduziu em quase 13% as emissões de
dióxido de carbono, ou seja, praticamente a metade da meta prevista para 2030.
Além disso, o órgão prevê que até 2020 a redução chegue a 26%.
Com a proposta, 430
milhões de toneladas de dióxido de carbono deixarão de chegar à atmosfera. Os
cortes devem atingir principalmente usinas que usam o carvão na geração de
energia.
Usinas de carvão
chegaram a ser responsáveis pela geração da metade da energia no país, mas vêm
sendo substituídas por gás natural e fontes renováveis, como energia solar e
eólica. Atualmente ela é responsável por quase 40% da geração.
Apesar de as novas
regras contribuírem para Washington atender as metas internacionais de redução
de CO2, o governo destaca a saúde pública como elemento fundamental
para a decisão. O objetivo é, com as emissões de carbono, prevenir mais de 6
mil mortes prematuras e 150 mil ataques de asma em crianças por ano.
“Ao ampliar as fontes
de energia limpa e reduzir o desperdício de energia, esse plano vai limpar o ar
que nós respiramos, ajudando a frear as mudanças climáticas. Assim poderemos
deixar um futuro seguro e saudável para nossas crianças”, assinala McCarthy.
(ecodebate)
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