Corte de emissões nos EUA é bom, mas é pouco para conter
aquecimento.
A notícia mais aguardada das últimas semanas na agenda de
clima global, o Estados Unidos deverão cortar
suas emissões de gases de efeito estufa em 30% em relação a índices de 2005,
com base na regulação e no controle de emissões de gases de suas usinas
termelétricas.
Essa é, sem dúvida, uma notícia positiva. O presidente
Barack Obama começa a tratar como prioridade a agenda de mitigação das mudanças
climáticas, algo que prometia desde 2009, começando pelo setor que é o maior
emissor de gases, o de energia (38% das emissões daquele país).
E a mensagem vinda de Washington pode trazer um novo vigor
para as negociações da Convenção sobre Mudanças Climáticas da ONU para um novo
acordo para o período pós-2020. Os Estados Unidos e sua inação sempre foram a
desculpa mais fácil para que outros fizessem pouco ou não fizessem nada para o
avanço das negociações. Agora ficará mais difícil se escorar em um país que
começa a caminhar.
No entanto, a boa notícia precisa ser analisada com cuidado.
O anúncio desta segunda é ainda uma proposta da Agência de
Proteção Ambiental do EUA (EPA), colocada em consulta, e cujo formato final
será conhecido nos próximos meses. A oposição republicana já analisa
alternativas possíveis para questionar judicialmente as medidas a serem
aprovadas.
O sucesso dessa proposta depende de regulamentação da mesma no
âmbito dos estados americanos, que têm até 2016 para decidir como se ajustarão
às novas regras. Tal ajuste inclui a possibilidade de substituição de carvão
por gás natural, hoje extraído de folhelho e muito criticado pelas emissões
associadas de metano e contaminação de solos e águas.
E, mais importante, o passo anunciado nesta segunda é muito
pequeno em relação ao nível de ambição mínimo necessário para que os Estados
Unidos façam o que se espera para ajudar a limitar o aquecimento global a 2ºC.
Com os 30% de redução de emissões em relação a 2005 com base nas medidas
anunciadas, os Estados Unidos ainda emitiriam mais de 5 bilhões de toneladas de
gases anualmente, o que seria péssimo para o clima do planeta.
Assim, a boa notícia, tomada como cautela, vem junto com
muita expectativa. Que esse seja apenas o primeiro movimento dos Estados Unidos
para ajudar a enfrentar de fato o desafio global das mudanças climáticas.
(OESP)
OMM alerta para que países se preparem para o El Niño
Organização Mundial
de Meteorologia disse que fenômeno climático deve estar 80% estabelecido entre
outubro e dezembro; período é associado a secas e alagamentos em diversas
partes do mundo; Brasil deve sofrer com fortes secas no norte e cheias no sul.
A Organização Mundial
de Meteorologia, OMM, fez um alerta para que os países se preparem para
enfrentar o El Niño.
Segundo a agência da
ONU, o fenômeno climático deve atingir 60% de sua capacidade entre julho e
agosto e pode chegar a 80% entre outubro e dezembro.
Secas e Enchentes
De acordo com o aviso
do Serviço Nacional Meteorológico e Hidrológico, vários governos começaram a se
preparar para enfrentar o problema, que é associado a secas e enchentes em
escala regional em diversas partes do mundo.
Além disso, o El Niño
tem uma influência no aumento das temperaturas globais.
A OMM explica que o
fenômeno climático é caracterizado por um aquecimento fora do normal das águas
do oceano Pacífico, que ocorre em períodos que podem variar de dois a sete
anos. A última temporada do El Niño aconteceu entre 2009 e 2010.
Brasil
No Brasil, os
meteorologistas afirmam que o país vai sofrer com secas mais rigorosas do que o
normal nas regiões norte-nordeste e com cheias também mais fortes do que o
comum no sul do país.
Mas a OMM diz que os
efeitos do El Niño são sentidos da Indonésia, Filipinas e Austrália aos Estados
Unidos e Canadá.
Durante o inverno no
hemisfério norte, entre dezembro e março, o fenômeno costuma causar o aumento
das temperaturas em regiões frias do Alasca e do Canadá. Ao mesmo tempo,
ocorrem tempestades mais fortes, principalmente na área do Golfo do México.
(ecodebate)
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