O receio de ficar novamente sem água suficiente para atender 1,1 milhão
de habitantes levou Campinas a pedir um novo aumento no volume liberado do
Sistema Cantareira para o Rio Atibaia, que abastece 95% da cidade. A empresa
municipal de saneamento, Sanasa, quer mais 1 mil litros por segundo do
manancial para impedir uma concentração de poluentes na água que comprometa a
captação. Por causa da baixa vazão do Rio Atibaia, Campinas decretou rodízio no
abastecimento no dia 10 de outubro.
À época, a Sanasa já havia pedido mais 1 mil litros por segundo aos
órgãos reguladores do Cantareira, mas o governo Geraldo Alckmin (PSDB) só
liberou metade. Hoje, as regiões de Campinas e Piracicaba, onde 5,5 milhões de
pessoas dependem do manancial, recebem 4,5 mil litros por segundo. Outros 18,7
mil litros por segundo são retirados pela Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo (Sabesp) para a Grande São Paulo.
"É uma precaução nossa para evitar lá na frente que a qualidade da
água não fique ruim caso não volte a chover. Hoje, a situação está
normalizada", afirmou o diretor técnico da Sanasa, Marco Antônio dos
Santos.
O pedido ocorre no momento em que a crise de estiagem no Cantareira se
agrava. O manancial está prestes a encerrar o mês de outubro mais seco em 84
anos. Nesta segunda, 27, o nível dos reservatórios caiu para 13% da capacidade,
apesar da chuva na região, considerando a segunda cota do volume morto. A
previsão, contudo, é de que só volte a chover forte no sábado. (uol)
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