quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Oceano Pacífico define onde vai chover e o Atlântico o quanto

A distribuição das chuvas no Brasil depende de como estão às águas no Oceano Pacífico. Se estiverem aquecidas é caracterizado o fenômeno El Niño, que deixa o verão mais chuvoso no Sul, já se ficarem mais frias é o La Niña que se forma e leva mais chuvas para o Nordeste brasileiro. Mas a qualidade desses temporais, se serão intensos, ou duradouros, quem define é o Oceano Atlântico.
As frentes frias são responsáveis por quase toda a chuva de verão no Brasil. Mas o avanço delas pelo país depende do Oceano Atlântico. Onde a água ficar mais quente do que o normal, a frente fria fica parada e as chuvas nesse local são mais abundantes. “O mar aquecido dá um suporte maior de umidade, é como uma chaleira com água quente, que libera mais vapor”, explica o meteorologista da Somar Meteorologia, Márcio Custódio.
Os eventos de chuva extrema, que trouxeram prejuízos para algumas regiões do Sudeste nos últimos verões estão associados ao Oceano Atlântico mais quente do que o normal. É o caso das enchentes no Rio de Janeiro, dos deslizamentos de terra na Serra do Mar e Serra Fluminense e também das inundações que ocorreram no Espírito Santo em dezembro de 2013.
Nesse momento, o Atlântico na costa do Brasil está mais aquecido. Porém, a previsão para o verão indica águas do mar mais frias, por isso, o risco de vários dias chuvosos e com elevados acumulados no Sudeste na próxima estação é menor.
Em média, o Oceano Atlântico ao longo do litoral do Sul e Sudeste tem uma temperatura de 22°C. No verão de 2015 esse valor deve ficar em 1°C e 2°C abaixo do normal. A área mais quente ficará no sul do Uruguai e Argentina, onde a expectativa é de temporais mais intensos. (uol)

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