A distribuição das chuvas no Brasil depende de como estão às
águas no Oceano Pacífico. Se estiverem aquecidas é caracterizado o fenômeno El
Niño, que deixa o verão mais chuvoso no Sul, já se ficarem mais frias é o La
Niña que se forma e leva mais chuvas para o Nordeste brasileiro. Mas a
qualidade desses temporais, se serão intensos, ou duradouros, quem define é o
Oceano Atlântico.
As frentes frias são responsáveis por quase toda a chuva de
verão no Brasil. Mas o avanço delas pelo país depende do Oceano Atlântico. Onde
a água ficar mais quente do que o normal, a frente fria fica parada e as chuvas
nesse local são mais abundantes. “O mar aquecido dá um suporte maior de
umidade, é como uma chaleira com água quente, que libera mais vapor”, explica o
meteorologista da Somar Meteorologia, Márcio Custódio.
Os eventos de chuva extrema, que trouxeram prejuízos para
algumas regiões do Sudeste nos últimos verões estão associados ao Oceano
Atlântico mais quente do que o normal. É o caso das enchentes no Rio de
Janeiro, dos deslizamentos de terra na Serra do Mar e Serra Fluminense e também
das inundações que ocorreram no Espírito Santo em dezembro de 2013.
Nesse momento, o Atlântico na costa do Brasil está mais
aquecido. Porém, a previsão para o verão indica águas do mar mais frias, por
isso, o risco de vários dias chuvosos e com elevados acumulados no Sudeste na
próxima estação é menor.
Em média, o Oceano Atlântico ao longo do litoral do Sul e
Sudeste tem uma temperatura de 22°C. No verão de 2015 esse valor deve ficar em
1°C e 2°C abaixo do normal. A área mais quente ficará no sul do Uruguai e
Argentina, onde a expectativa é de temporais mais intensos. (uol)
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