terça-feira, 25 de novembro de 2014

Cantareira perde 4,2% no 1º mês da 2ª reserva

Cantareira perde 4,2 pontos no 1º mês da 2ª reserva
Um mês após 2º volume morto, Cantareira caiu 4,2%
Desde que os 105 bilhões de litros da reserva técnica entraram no cálculo da Sabesp, o nível do sistema caiu de 13,6% para 9,4%.
O Sistema Cantareira já perdeu 4,2% desde que a segunda cota do volume morto foi incorporada, há exatamente um mês. Quando os 105 bilhões de litros de água da reserva técnica foram acrescidos, no dia 24 de outubro, o nível do manancial saltou de 3%, o menor já registrado na história, para 13,6%. Hoje, no entanto, o reservatório está com apenas 9,4% da sua capacidade.
Em 24/11 o volume do Cantareira voltou a cair apesar de ter chovido na região. No dia anterior, o nível era de 9,5%, mas o sistema perdeu 0,1%, segundo aponta o relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Esse é o décimo dia consecutivo que o reservatório sofre queda no nível de água.
Chuvas
Também de acordo com a Sabesp, choveu 0,7 milímetros nas últimas 24 horas. Já o volume acumulado de chuva neste mês é de 100,2 milímetros - o que representa 62% da média histórica de novembro que é de 161,2 milímetros. As chuvas do início do mês podem se repetir nos próximos dias. 
De acordo com o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) do Instituto Nacional de Meteorologia (Inpe) a previsão é de chuva sobre o Sistema Cantareira entre 25 e 28/11. Deve chover até 3 milímetros.
Represa de Paraibuna
Com capacidade total de 2,1 trilhões de litros de água, quase duas vezes maior do que o Sistema Cantareira, a Represa Paraibuna vive uma das maiores estiagens de sua história.
Em 21/11 o manancial estava com 74 bilhões de litros de água do volume útil (sem contar com 162 bilhões de litros do volume morto) segundo relatório da Agência Nacional das Águas (ANA).
Na cidade de Paraibuna comerciantes perdem cada vez mais clientes.
Benedito Marcos Farias Soares, de 60 anos, dono de um pesqueiro, diz estar com o movimento 40% menor.
Antes as crianças brincavam no balanço molhando os pés na água. Agora, a represa desceu mais de 20 metros, que chegou a uma parte que eu nunca tinha visto, afirmou, apontando para as árvores que surgiram.
“Antes as crianças brincavam no balanço molhando o pé na água. Agora, a represa desceu mais de 20 metros, que chegou a uma parte que eu nunca tinha visto”, afirmou, apontando para as árvores que surgiram.
O mesmo prejuízo por falta de movimento vive uma marina da região. Conforme a água foi baixando, os clientes foram retirando os barcos. Em 18/11 um empresário de São Paulo foi obrigado a retirar a sua lancha.
A última vez em que o volume do manancial se manteve estável foi em 14/11, quando o Cantareira registrava 10,8%. Já a última vez que o nível de água subiu - com exceção dos dias em que as reservas técnicas foram acrescentadas no cálculo - foi há sete meses, no dia 16 de abril. Na ocasião, o reservatório aumentou de 12% para 12,3%. (OESP)

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