Nível cai nos 6 sistemas de represas que abastecem a Grande
São Paulo
Falta de chuvas pôs fim a dois dias de estabilidade no
Cantareira.
Três sistemas não registraram nenhuma precipitação em
12/01/14.
Vista aérea da represa de Atibainha, parte do Sistema
Cantareira, com margens bastante expostas devido à seca no estado de São Paulo.
O nível dos seis conjuntos de
reservatórios que abastecem a Grande São Paulo caiu em 12/01, informa a Sabesp.
No principal deles, o Cantareira, que atende a 6,5 milhões de pessoas, a falta
de chuvas interrompeu dois dias de estabilidade e o volume baixou de 6,6% para
6,5%.
Entre os demais sistemas, a maior
queda em pontos percentuais foi registrada no Rio Claro, que recuou de 27,9%
para 27,5%.
Com exceção da represa
Guarapiranga, onde caíram 17,8 milímetros de chuva entre 11 e 12/01, não houve
precipitação significativa em nenhum manancial que abastece a Região
Metropolitana.
No Cantareira, trata-se da sexta
queda no mês, que começou com um volume de 7,2%. O acumulado de chuvas nos
mananciais do sistema em janeiro é de 18,1% do previsto para o mês.
Confira os níveis dos outros
reservatórios dos sistemas que abastecem municípios do estado de São Paulo
registrados:
Alto Tietê: caiu de 11,4% para
11,3%;
Guarapiranga: recuou de 39,5% para
39,2%;
Alto Cotia: caiu de 30,3% para
30,2%;
Rio Grande: recuou de 70,6% para
70,3%;
Rio Claro: caiu 27,9% para 27,5%.
Dezembro
Junto com o ano, terminou também o melhor mês do Cantareira em 2014. Em dezembro, o nível do sistema baixou 1,5%. Foi o menor índice de queda mensal no ano. A maior baixa foi em fevereiro, quando o volume acumulado recuou 5,5%.
Junto com o ano, terminou também o melhor mês do Cantareira em 2014. Em dezembro, o nível do sistema baixou 1,5%. Foi o menor índice de queda mensal no ano. A maior baixa foi em fevereiro, quando o volume acumulado recuou 5,5%.
Dezembro também foi o melhor mês em
número de dias sem queda no nível do reservatório. Foram 11: em 8 deles o nível
se estabilizou, e em outros 3 ele chegou a subir. Foi a única vez no ano em que
o nível aumentou três vezes seguidas, dos dias 24 a 26. Nesse sentido, os
piores meses foram junho, julho, agosto e outubro, quando o nível caiu todos os
dias.
Perda foi de quase meio trilhão de litros
O Cantareira terminou 2014 sem
recuperar 492 bilhões de litros de água perdidos durante os 12 meses. O ano
começou com o nível do reservatório em 27,2% e terminou com 7,2%.
Porém, com a utilização das duas
cotas do volume morto (a primeira elevou o manancial em 18,5% e a segunda em
10,7%) é como se os reservatórios tivessem iniciado 2014 com um volume
acumulado de 56,4%. Assim, a queda foi 49,2% durante o ano, o número representa
492 bilhões de litros. De acordo com estimativas da Sabesp, o reservatório tem
capacidade de armazenar 1 trilhão de litros, quando está com 100% do seu nível.
Segundo a Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o sistema abastece atualmente 6,5
milhões de pessoas na Grande SP.
Mudança na Sabesp
O novo secretário de Recursos
Hídricos do estado de São Paulo, Benedito Braga, anunciou em 01/01/15 que o
engenheiro Jerson Kelman será o novo presidente da Sabesp, companhia de
saneamento básico responsável por fornecer água para boa parte do estado.
Kelman é engenheiro civil com
especialização em hidráulica, ex-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA)
e professor da Coope-UFRJ.
Multa
Na cerimônia de posse da nova
equipe de governo, o secretário Benedito Braga afirmou que será avaliada a
possibilidade de elevar os percentuais da atual multa para os consumidores que
aumentarem o consumo de água, com novas escalas.
Braga disse que, antes da aplicação
de eventuais novas sanções, dará um prazo de 2 meses para avaliar os efeitos da
atual sobretaxa, em vigor desde 01/01.
A multa que começou a vigorar neste
ano prevê que quem aumentar o consumo em até 20% vai pagar 20% a mais; já quem
gastar mais que 20%, vai ter aumento de 50%.
O percentual será calculado com
base na média de fevereiro de 2013 até janeiro de 2014. A média já aparece na
conta dos consumidores. A meta do governo é reduzir 2,5 m3 por
segundo de consumo. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou que a medida seja
uma multa ao consumidor. Ele define o ônus como "tarifa de
contingência".
Com a medida, a multa será aplicada
da seguinte maneira: um consumidor que, em média, gasta 10 m³ de água receberá
conta 20% mais cara se utilizar entre 10,1 m³ e 12 m³ em um mês. Caso gaste
acima de 12,1 m³, irá pagar 50% a mais. O consumidor que elevar o gasto passará
a ser cobrado na conta de fevereiro.
O governo de São Paulo irá aplicar
multa, a partir de 1º de janeiro, para quem aumentar o consumo de água em São
Paulo. Quem aumentar em até 20% vai pagar 20% a mais; já quem gastar mais que
20% vai ter aumento de 50%.
O percentual será calculado com
base na média de fevereiro de 2013 até janeiro de 2014. A média já aparece na
conta dos consumidores. A meta do governo é reduzir 2,5 m3 por
segundo de consumo. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou que a medida seja
uma multa ao consumidor. Ele define o ônus como "tarifa de
contingência".
Com a medida, a multa será aplicada
da seguinte maneira: um consumidor que, em média, gasta 10 m³ de água receberá
conta 20% mais cara se utilizar entre 10,1 m³ e 12 m³ em um mês. Caso gaste
acima de 12,1 m³, irá pagar 50% a mais. O consumidor que elevar o gasto passará
a ser cobrado na conta de fevereiro. (g1)
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