Seca é o principal motivo da
queda de 1% do PIB do Brasil, diz FMI
Represa do rio Jaguari, em Vargem (SP), com 1,7% do
nível de água em julho de 2014.
Pelo
quinto ano consecutivo, os países emergentes devem reduzir sua previsão de
crescimento. De acordo com o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI),
divulgado nesta terça-feira (14), o Produto Interno Bruto (PIB) do bloco deve
crescer apenas 4,3% em 2015. No Brasil, a crise hídrica é um dos fatores
responsáveis pela queda do PIB, que deve encolher 1% este ano.
O
relatório do FMI ressalta “quatro anos consecutivos de más surpresas” dos
países do BRICS. O crescimento do bloco vem encolhendo nos últimos anos : 4,3%
previstos para 2015, 4,6% em 2014 e 5% em 2013.
Os
especialistas apontam dois principais motivos para o mau desempenho: a desaceleração
da economia da China (6,8% este ano e 6,3% previstos para 2016) e o recuo do
PIB do Brasil, que deve diminuir 1% em 2015. O resultado do país é o pior desde
1990, quando a economia brasileira encolheu 4,2%.
A
seca, que prejudicou a distribuição de água e energia no país, é a principal
causa do recuo da economia brasileira. Para o FMI, o controle do déficit fiscal
e a redução da inflação podem contribuir no restabelecimento da confiança dos
investidores.
Pior
que o Brasil, só a Venezuela
Na
América do Sul, apenas a Venezuela deve se sair pior do que o Brasil, com uma
desaceleração de 7% este ano. Também enfrentando uma grave crise econômica, a
Argentina deve registrar uma queda de 0,3% de seu PIB em 2015. A América
Latina, bloco que tem países emergentes com as piores economias, registra um
crescimento de 0,9% em 2015.
Dos
outros países do BRICS, a Rússia também recua: 3,8% em 2015 e 1,1% em 2016. Dos
que registram crescimento, a África do Sul deve contar com um aumento de 2% de
seu PIB este ano e 2,1% em 2016.
O
melhor resultado do grupo foi obtido pela Índia que para este ano e o próximo
tem uma previsão de crescimento de 7,5%. Fora do BRICS, a Nigéria se posiciona
como o novo motor econômico do continente africano, com uma previsão de aumento
de 4,8% de seu PIB em 2015 e 5% em 2016. (ecodebate)
Nenhum comentário:
Postar um comentário