JG mostra como está o nível
de água dos reservatórios de todo o Brasil
Preocupação cresce com o
nível do período de chuvas no Sudeste e Centro-Oeste. Apenas os moradores da
região Norte do país podem ficar tranquilos.
Pelo
menos no calendário oficial termina agora, no fim de abril, o período de chuvas
no Sudeste e Centro-Oeste brasileiros, onde a população olha preocupada para a
situação dos principais reservatórios de água.
Só
no Norte do país, a situação está realmente tranquila. Os reservatórios para a
geração de energia estão com mais de 80% da capacidade. No Sul, as represas
estão com 34,76%. No Sudeste e Centro-Oeste cai para 33,45%. No Nordeste, a
situação é preocupante: as represas estão com apenas 27,45%.
No
Nordeste começa agora a temporada chuvosa e isso pode melhorar a situação das
represas.
São
Paulo
Na
represa Guarapiranga, o sistema esta com 82% da capacidade. É um índice
confortável principalmente se a gente comparar com outras represas.
O
Sistema Alto Tietê tem pouco mais de 22% da capacidade e o Sistema Cantareira,
que abastece boa parte da cidade de São Paulo, está bem mais raso. Só com 20%
da capacidade isso já contando as cotas do volume morto.
E,
para piorar toda essa situação, as obras de interligação dos sistemas Rio
Grande e Alto Tietê, que deveriam ser entregues agora em maio, foram adiadas e
só deverão ficar prontas em agosto. Isso tudo em uma época que deve chover
muito menos. O tal do índice pluviométrico que mede a quantidade de chuva ficou
bem abaixo da media em abril/15.
Minas
Gerais
Na
Região Metropolitana de Belo Horizonte, os reservatórios que abastecem a
capital mineira e mais 15 municípios operam com 39% da capacidade. No ano
passado, no mesmo período, estavam com 68%.
O
sistema é composto por três represas, que são interligadas. A pior situação é a
de Serra Azul, com 15%. Em um deles, o reservatório está com 40%. Na semana que
vem, começam obras para levar água do Rio Paraopeba para o reservatório Rio
Manso, que também está com nível baixo.
A
Companhia de Saneamento de Minas Gerais estipulou uma meta de economia de 30%,
mas os consumidores não atingiram essa meta nos meses de fevereiro e março. Por
isso, a companhia pediu à agência reguladora no estado mineiro que autorize uma
cobrança extra para quem gastar além da conta.
Rio
de Janeiro
Os
reservatórios da Bacia do Rio Paraíba do Sul, que abastecem 75% do estado do
Rio de Janeiro, chegam ao fim de abril com apenas 18% da capacidade de volume
útil, menos da metade do percentual registrado no mesmo período do ano passado.
Municípios
que recebem água da Bacia do Paraíba estão fazendo obras para melhorar os sistemas
de captação. Além disso, o governo do estado vai construir uma adutora no Rio
Guandu e levar água de reuso da companhia de abastecimento para as indústrias,
estimuladas a buscar alternativas para o consumo.
O
que diz o especialista
Para
o especialista do Conselho Mundial da Água, a crise hídrica ainda vai longe e
agora seria o momento de planejar o futuro.
“É
importante deixar claro que nos não estamos com o problema resolvido e que
vamos levar seis anos, sete anos. Eu podia citar dois pontos que me preocupam
muito: que é a questão das perdas. Nós estamos discutindo se temos água ou não
e, ao mesmo tempo, temos uma perda dessa água que é horrível. E nós temos uma
questão que nos esquecemos de planejar e este é o momento que nós precisamos
para resolver esse problema de uma forma estruturada de médio e longo prazo,
planejar”, alerta Newton Azevedo, governador do Conselho Mundial da Água. (g1)
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