domingo, 17 de maio de 2015

Século 21 teve 14 dos 15 anos mais quentes da história

Século atual teve 14 dos 15 anos mais quentes da história, diz ONU
Em seu relatório publicado, a agência meteorológica da ONU (World Meteorological Organization, ou WMO) trouxe péssimas notícias acerca do futuro do planeta.
Além de confirmar que 2014 foi mesmo o ano mais quente da história, informou que desde 200 já enfrentamos 14 dos 15 anos mais quentes já registrados.
"Catorze dos 15 anos mais quentes ocorreram neste século. E a expectativa é a de que o aquecimento global continue, devido aos níveis crescentes de emissão gases de efeito estufa na atmosfera e à crescente temperatura na superfície oceânica, o que nos compromete com um futuro mais quente", disse o secretário-geral da WMO, Michel Jarraud.
A média da temperatura em 2014 ficou 0,57ºC acima dos 14ºC, que são a média do período que é usado como referência, ou seja, entre 1961 e 1990.
"A tendência geral de aquecimento é mais importante do que a colocação no ranking de um ano sozinho. A análise de conjuntos de dados indicam que 2014 foi, nominalmente, o ano mais quente já registrado, apesar de haver pouca diferença entre os três anos mais quentes", afirmou Jarraud.
A WMO divulgou a análise das temperaturas globais pouco antes das negociações sobre mudanças climáticas que ocorreram em Genebra entre 8 e 14 de fevereiro/15.
Oceanos
Seca no Brasil e inundações em outros países fazem parte dos eventos extremos registrados em 2014.
Cerca de 93% do excesso de energia preso na atmosfera pelos gases de efeito estufa acaba nos oceanos. Portanto, a quantidade de calor dos oceanos é importante para compreender o sistema climático.
As temperaturas da superfície dos oceanos alcançaram níveis recordes em 2014 no mundo todo.
Mas, é preciso destacar que as altas temperaturas de 2014 ocorreram mesmo sem o fenômeno climático El Niño atingir força total.
Em geral, anos excepcionalmente quentes costumam ser associados à influência temporária do fenômeno climático conhecido como El Niño - que ocorre quando temperaturas da superfície marítima acima da média no leste tropical do Pacífico se somam em um ciclo que se retroalimenta perpetuamente - a sistemas de pressão atmosférica. E isso pode afetar padrões climáticos.
Por exemplo: as altas temperaturas de 1998, o ano mais quente antes do século 21, ocorreram durante um ano em que o El Niño foi forte.
"Em 2014 o calor quebrou recordes, combinado com chuvas torrenciais, enchentes em muitos países e seca em alguns outros, (e foi) consistente com a expectativa de um clima que está mudando", disse Jarraud.
A análise da WMO é baseada, entre outros fatores, em três conjuntos de dados complementares mantidos pelo Centro Hadley do Serviço Meteorológico britânico e a Unidade de Pesquisa Climática, Universidade de East Anglia, também na Grã-Bretanha, a Agência Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), dos Estados Unidos e o Instituto Goddard de Estudos Espaciais (GISS), operado pela NASA.
O relatório final sobre a situação climática em 2014, com todos os detalhes de tendências regionais e eventos extremos pelo mundo será divulgado em março. (bbc)

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