Com chuva entre o fim de maio
e o início de junho, e a redução na captação para Grande SP e interior, sistema
sobe pela 6ª vez.
No início de maio, o nível
estava em 19,9%; em 06/06 o percentual estava em 20,2%.
Sistema
Cantareira chegou a 20,2% de sua capacidade em 06/06/15.
O
Sistema Cantareira registrou em 05/06, a sexta alta consecutiva e completou dez
dias sem queda em seu estoque de água em pleno período seco, conforme dados
divulgados pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
Desde 2008, o manancial não registrava uma sequência de aumentos da capacidade
a partir de maio, quando praticamente para de chover na região das represas.
Ontem,
o Cantareira chegou a 20,2% da capacidade, considerando as duas cotas do volume
morto dos reservatórios, alta de 0,1% em relação ao dia anterior. No início de
maio, o nível estava em 19,9%. Na prática, se considerar a reserva profunda
usada como negativa, como defende o Ministério Público, o sistema operava ontem
com 9,1% abaixo de zero, o nível mínimo dos túneis de captação. Esse índice já
foi de -23% no início de fevereiro.
Além
da chuva — nos últimos oito dias choveu mais de 60% do esperado em um mês —,
que fez a vazão afluente ao Cantareira dobrar no início de junho (23,8 mil
litros por segundo) em relação à média de maio (11,2 mil l/s), também
contribuiu para a incomum recuperação do sistema nesta época do ano uma redução
de 1,3 mil l/s na retirada de água das represas para abastecer parte da Grande
São Paulo e do interior.
Só a
Sabesp reduziu a produção de água do manancial para a região metropolitana de
13,4 mil l/s em maio para 12,8 mil l/s neste início de junho. Nesta semana, a
companhia anunciou a transferência de mais 500 l/s do Sistema Rio Claro para
bairros da zona leste da capital que ainda eram atendidos pelo Cantareira, como
Mooca, Sapopemba e São Mateus.
Com
isso, a cobertura do manancial na Grande São Paulo caiu para 5,2 milhões de
pessoas, 200 mil a menos. Antes do início declarado da crise, em janeiro de
2014, o Cantareira atendia 8,8 milhões de pessoas, produzindo 32 mil l/s. Mais
de 40% da redução foi obtida graças ao racionamento feito por meio da
diminuição da pressão e do fechamento manual da rede, segundos dados do mês de
abril, manobras que têm deixado várias regiões sem água durante a maior parte
do dia.
Campinas
Para
o interior, onde aproximadamente 5,5 milhões de pessoas são abastecidas de
forma direta e indireta pelo Cantareira na região de Campinas, o volume
liberado das represas caiu de 1,7 mil l/s em maio para 700 l/s no início deste
mês graças às chuvas que caíram na região e encheram os rios. A tendência,
contudo, é que a liberação de água volte a subir nos meses de estiagem,
marcados por queda significativa na vazão dos rios.
Tradicionalmente,
a recarga do Cantareira ocorre entre outubro e março, na estação chuvosa, para
garantir o abastecimento na estiagem. Neste ano, contudo, o nível só voltou a
subir em fevereiro e, desde 2008, não se observava aumento da capacidade
durante a estiagem. Há sete anos, a elevação entre maio e 5 de junho foi de 3,7%,
chegando a 64,1% sem volume morto. (r7)
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