quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Gosta de batata frita?

Ela pode desaparecer no futuro.
As batatas precisam de temperaturas amenas durante a noite para crescer e podem acabar desaparecendo com o aquecimento global.
E não são só as batatas.
5 alimentos que não toleram pequenas mudanças climáticas
Se você acredita em termômetros, também deve acreditar no aquecimento global. E se você é do tipo que gosta de comer batatas fritas com seu hambúrguer, deveria se preocupar com a questão da emissão de carbono.
Isso não acontecerá da noite para o dia, mas com as mudanças climáticas no planeta, o cultivo de alguns alimentos será fortemente afetado, de modo que mesmo pequenas mudanças poderão impedir que você peça batatas fritas como acompanhamento para o seu lanche. Para saber mais sobre isso, consultamos Gerald C. Nelson, Professor emérito da University of Illinois, especialista em agricultura e mudanças climáticas. Conheça os cinco alimentos que perderão a guerra contra o calor e como a falta deles afetará sua dieta.
Batatas
Regiões afetadas: Todas, mas principalmente a Índia.
O que perderíamos: Batatas fritas, purê de batatas, batatas cozidas, vários acompanhamentos para carne, aloo masala (batatas e ervilhas com especiarias), etc.
“As batatas precisam de uma temperatura mais branda à noite, para o crescimento do tubérculo que é a parte que nós comemos”, diz Nelson. Uma das áreas específicas citadas por ele, é o sopé do Himalaia, na Índia, então até o garoto do filme Quem Quer Ser um Milionário poderia ser afetado pelo fim das batatas.
Café arábica
Regiões afetadas: América Latina (Nicarágua, México, Honduras, Guatemala).
O que perderíamos: Café com leite, ir a uma cafeteria, usar Wi-Fi de graça e flertar com as atendentes enquanto apreciamos uma boa xícara de café.
A temperatura e a altitude são duas das principais preocupações no cultivo do café, então os agricultores podem acabar encurralados entre a cruz e a espada. “Sabemos que o café pode ser cultivado até certa temperatura”, diz Nelson. “O máximo que os agricultores podem fazer é tentar plantar em lugares tão altos quanto possível”. O cultivo do café arábica de alta qualidade está particularmente em risco, devido à necessidade de temperaturas mais baixas. Junto com o aumento da temperatura, temos também a maior proliferação de pragas e doenças nas plantações.
Maçãs de qualidade.
Regiões afetadas: Estados Unidos e Japão
O que perderíamos: Maçãs firmes e suculentas. “As maçãs precisam de um período de vernalização (tratamento no qual se resfriam sementes para que floresçam precocemente) no inverno. Se o período de climas mais frios diminuir, teremos mais problemas para cultivar árvores frutíferas, como macieiras ou cerejeiras", diz Nelson. Além de uma diminuição da safra, um estudo japonês confirmou que a qualidade das maçãs também diminuirá lentamente, como as maçãs colhidas ao longo dos últimos 40 anos, que estão substancialmente menos firmes e mais doces, ao contrário de todas as outras coisas em nossa cultura.
Trigo duro
Regiões afetadas: Estados Unidos, Canadá, China, Índia, Rússia e Austrália
O que perderíamos: Macaroni, espaguete e rigatone!
Nããããoooo!!!!
Como um verdadeiro professor, Nelson me enviou algum dever de casa antes da nossa conversa. “The End of Pasta” é uma leitura obrigatória para ambientalistas e amantes do molho de tomate, e fala sobre vários dos problemas que o aquecimento global trará às plantações de trigos duros nacionais e internacionais, que são especificamente utilizadas na produção da massa seca. Uma mudança de apenas 1 grau ao longo dos últimos 50 anos já provocou uma queda de 5.5% nas colheitas. Espera-se uma queda de até 25% nos anos mais quentes até 2050. Mamma Mia!
Arroz
Regiões afetadas: Todas as principais produtoras de arroz
O que perderíamos: Muitos pratos da culinária chinesa, Rice-A-Roni (preparado de arroz e macarrão temperados) e um alimento presente na mesa de famílias de todo o mundo.
Mesmo se falarmos apenas dos efeitos diretos do aumento da temperatura, veremos que o arroz está em apuros. “À medida que as temperaturas noturnas aumentam, o arroz terá mais e mais problemas para florescer, o que causará um impacto negativo nas colheitas”, diz Nelson. Além desta consequência direta, o aumento no nível do mar inundará vários arrozais e perturbará os níveis de salinidade da água, enquanto as secas diminuirão a produção, causarão o aumento dos preços e trarão vergonha aos ocidentais, que são desajeitados demais com os pauzinhos para conseguir consumir o novo grão que possivelmente, será adotado. (yahoo)

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