ONU prevê que mundo terá 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico em
2017
Até 90% do lixo eletrônico do mundo, com valor
estimado em US 19 bilhões, é comercializado ilegalmente ou jogado no lixo a
cada ano, de acordo com um relatório divulgado pelo Programa da ONU para o Meio
Ambiente (PNUMA). A indústria eletrônica, uma das maiores e que mais crescem no
mundo, gera a cada ano até 41 milhões de toneladas de lixo eletrônico de bens
como computadores e celulares smartphones. Segundo previsões, este número pode
chegar a 50 milhões de toneladas já em 2017.
Entre 60 e 90% destes resíduos são comercializados
ilegalmente ou jogados no lixo, de acordo com o PNUMA. A Organização
Internacional de Polícia Criminal (INTERPOL) estima que o preço de uma tonelada
de lixo eletrônico gira em torno de US 500. Seguindo esse cálculo, estima-se
que o valor do lixo eletrônico não registrado e informalmente manuseado,
incluindo os que são comercializados ilegalmente e despejados, encontra-se
entre US 12,5 a US 18,8 bilhões por ano. O mercado global de resíduos, desde a
coleta até a reciclagem, é estimado em US 410 bilhões por ano, gerando emprego
e renda.
O relatório aborda questões relacionadas ao
tratamento e descarte apropriado dos resíduos em geral, inclusive seus
possíveis danos para a saúde e custos relacionados. Entre os casos citados,
inclui as novas orientações sobre pneus usados e reformados no comércio
brasileiro, que proibiu a importação de todos os pneus usados e reformados em
2000.
Esta restrição provocou uma ampla discussão entre
os países vizinhos e o Brasil foi acusado de violar o acordo de comércio
regional. Argumentos ambientais e de saúde pública foram a principal defesa das
medidas. Como resultado, o Brasil e o Secretariado de Basiléia estão
trabalhando em diretrizes para o manejo ambientalmente saudável dos pneus
usados, o que ajudará os países tropicais, em particular, na regulação do
comércio de pneus usados. (institutofilantropia)
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