Suinocultura Industrial
A Associação Brasileira de
Reciclagem Animal (Abra) lançou em 10/12/15, o 2º Diagnóstico da Indústria
Brasileira de Reciclagem Animal. O estudo apresenta dados atualizados do setor,
com informações sobre a produção de farinhas e gorduras feitas a partir do
processamento de coprodutos animais. Além disso, traz os números de
exportações, empregos e impostos gerados pelas indústrias desse segmento. Mais
de 60 pessoas participaram do evento.
Esse é o segundo estudo
completo sobre o setor feito pela Abra. O primeiro foi divulgado em 2011. Os
objetivos são mostrar uma fotografia atual do segmento, apontar o potencial
econômico da reciclagem animal no país e destacar a importância ambiental dessa
atividade. A entidade espera ainda indicar os principais desafios a serem
enfrentados pelas indústrias nos próximos anos.
O 2º Diagnóstico da Indústria
Brasileira de Reciclagem Animal foi apresentado pelo economista Ricardo Caldas.
Ele destacou o potencial do setor e afirmou que o Brasil ainda precisa ser mais
atuante e impositivo, com sua qualidade de produção, no mercado externo. Caldas
também ressaltou dados referentes ao número de empregos gerados pela reciclagem
animal: são 40 mil postos diretos de trabalho. Para ele, o desafio agora é
realizar um levantamento seguro de quantos empregos indiretos o setor gera e
sustenta. Dessa forma, a reciclagem animal ganhará cada vez mais força junto ao
governo para reivindicar políticas públicas.
Durante o evento, a
professora da Universidade de São Paulo (USP), Masaio Mizuno, apresentou o
estudo “Mitigando riscos na coleta de carcaça de suíno”, que vai embasar
projetos pilotos a serem desenvolvidos em breve no Paraná e em Santa Catarina.
Já o coordenador técnico da Abra, Lucas Cypriano, apresentou o site do programa
Abra que Aqui Tem Qualidade (AATQ), mais um instrumento lançado para auxiliar a
cadeia de reciclagem animal brasileira.
As indústrias de reciclagem
animal são vitais para toda a cadeia produtiva de carnes brasileira. Em 2014,
elas processaram 12,4 milhões de toneladas de coprodutos, como vísceras, sangue
e ossos de bovinos, suínos e aves. Foram 5,3 milhões de toneladas de farinhas e
gorduras produzidas no Brasil, ingredientes importantes para fabricação de
rações, biodiesel, produtos de higiene e cosméticos, fertilizantes e itens como
vernizes e lubrificantes.
Sem o processamento, os
resíduos dos abates em frigoríficos e abatedouros seriam descartados no meio
ambiente. (biodieselbr)
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