sábado, 19 de dezembro de 2015

Indústrias de reciclagem animal crescem 25,4% ao ano

Associação Brasileira de Reciclagem Animal apresentou diagnóstico, com dados do setor de 2010 a 2014.
Reciclagem animal cresce no país e ganha destaque na agroindústria.
A indústria brasileira de reciclagem animal produziu 5,3 milhões de toneladas de farinhas e gorduras animais em 2014. Para tanto, foram processadas aproximadamente 12,4 milhões de toneladas de coprodutos animais: penas, vísceras, sangue e ossos de bovinos, suínos, aves e peixes. Entre 2010 e 2014, o setor mais que dobrou o volume das exportações. O total exportado passou de 46 mil toneladas para 114 mil toneladas atualmente. O crescimento médio anual foi de 25,4%, conforme dados apresentados no II Diagnóstico da Indústria Brasileira de Reciclagem Animal lançado em Brasília-DF, pela Associação Brasileira de Reciclagem Animal (Abra).
Farinhas de carne e ossos são responsáveis por 86% das vendas externas brasileiras. A balança comercial do setor também foi positiva no período. O superávit é de quase 66 mil toneladas. O principal país comprador dos produtos da reciclagem animal brasileira é o Vietnã, que importou 26,53% de todo o volume exportado. Outros importantes parceiros comerciais são Bangladesh e Chile.
O principal destino das farinhas e gorduras de origem animal produzidas no Brasil é a fabricação de rações para animais, como suínos, aves e peixes, responsável por 59,5% de todo o mercado consumidor. Na sequência aparecem: biodiesel, pet food, higiene e limpeza, cosméticos, fertilizantes, vernizes, lubrificantes, entre outros.
Economia do setor
O setor de reciclagem animal gera cerca de 40 mil empregos formais no Brasil. Entre 2010 e 2014, o Produto Interno Bruto (PIB) da indústria de farinhas e gorduras de origem animal evoluiu positivamente, com crescimento médio anual de 8,1%, e atingiu R$ 7,9 bilhões em 2014.
As indústrias de reciclagem animal geraram R$ 1,59 bilhão em impostos diretos, número equivalente a 20% do PIB do setor – um aumento de 39% na arrecadação em relação a 2010.
Para o presidente da entidade, Clênio Antônio Gonçalves, o setor de reciclagem de resíduos animais obteve importantes vitórias nos últimos anos, como sua identificação no ciclo econômico do agronegócio e o crescimento da produção. "É importante frisar a grande contribuição do setor para o saneamento do meio ambiente, uma vez que transforma os coprodutos de origem animal, que são poluentes em potencial, em produtos que são reabsorvidos pela cadeia produtiva. A conscientização do poder público sobre a importância da reciclagem dos coprodutos de origem animal é de vital importância para a manutenção da cadeia da carne e é necessária a adoção de políticas públicas específicas para o setor e seus segmentos", destacou. (canalrural)

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