El Niño
vai marcar clima no País pelos próximos três meses
El
Niño
Especialistas
preveem aumento de chuvas na região Sul e temperaturas acima da média em todo o
Brasil.
O
fenômeno El Niño deve influenciar o clima no Brasil durante os próximos 90
dias. De acordo com o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal (GTPCS),
órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), isso pode ser
traduzido em aumento de volume e intensidade das chuvas na região Sul, redução
nas regiões Norte e Nordeste, além de temperaturas acima da média histórica em
praticamente todo o País.
O
GTPCS reuniu-se em 19/01/16 no primeiro encontro do grupo em 2016. O ministro
da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, participou da abertura e do
encerramento do debate técnico, realizado na sede do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Os
especialistas do GTPCS classificaram o fenômeno de “mega El Niño”. De acordo
com o grupo de previsão climática, passadas duas décadas, ele regressa ao
Brasil. Embora tenha perdido força, há 95% de probabilidade de o fenômeno
permanecer atuante até abril.
“Estamos
vivendo um El Niño muito intenso. Os seus efeitos são a diminuição da
precipitação em grande parte do Brasil e muitas chuvas no Sul”, resumiu o
pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI), Paulo
Nobre.
O
presidente do GTPCS, Carlos Nobre, salientou a redução das chuvas no semiárido
brasileiro. Na avaliação dele, a região exige “atenção máxima” do governo
federal. “É o quinto ano de chuva abaixo da média no semiárido do Brasil. O
total de água armazenado no semiárido está diminuindo ano após ano causando
impacto na vida humana, agrícola e animal. O semiárido deve enfrentar mais um
ano de dificuldades”, disse.
Por
sua vez, Pansera destacou a relevância dos dados levantados pelas principais
lideranças na área de previsão climática do Brasil que compõem o GTPCS. “O
Brasil tem um sistema de referência mundial de modelagem de clima. Isso ajuda o
governo em ações como previsão para agricultura, consumo da água e produção de
energia”, avaliou Celso Pansera.
Participaram
da reunião o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento
(Seped/MCTI), Jailson de Andrade; o presidente do CNPq, Hernan Chaimovich; e o
diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais
(Cemaden/MCTI), Osvaldo Moraes. (ecodebate)
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