terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

População no Rio de Janeiro em 2030

O IBGE tem, em sua página, projeções da população brasileira e estimativas de população para as Unidades da Federação, até 2030. O Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, vai ter uma grande redução do ritmo de crescimento demográfico e vai apresentar um rápido envelhecimento populacional, em decorrência da redução do número médio de filhos das famílias.
Segundo o IBGE, a Taxa Total de Fecundidade (TFT) para o Estado do Rio de Janeiro foi de 3,8 filhos por mulher em 1970, 2,9 filhos em 1980, 2,1 filhos em 1991, 2,0 filhos em 2000 e 1,68 filhos por mulher em 2010. Esta queda da fecundidade provoca uma redução da base da pirâmide etária e o aumento das idades adultas num primeiro momento e uma aceleração do envelhecimento no longo prazo.
A população do Estado do Rio de Janeiro era de 14,8 milhões de habitantes em 2000, sendo 7,2 milhões de homens e 7,6 milhões de mulheres. Em 2013, os números estimados foram 16,4 milhões no total, sendo 7,95 milhões de homens e 8,45 milhões de mulheres. Em 2030 – cem anos após a chegada de Getúlio Vargas ao poder no Palácio do Catete – o IBGE estima uma população total fluminense de 17.441.020, sendo 8.456.109 homens e 8.984.911 mulheres.
Entre os anos de 2000 e 2001 o acréscimo absoluto de pessoas no Estado foi de 151.813 pessoas. Entre 2029 e 2030 o acréscimo deverá ser de 30 mil pessoas. Os acréscimos absolutos devem continuar se reduzindo até se transformarem em números negativos em algum momento da década de 2030. A partir daí a população fluminense deverá iniciar um processo de decrescimento, liderando uma tendência que deve ser nacional. O Estado do Rio de Janeiro, em primeiro lugar, e o Brasil, um tempo depois, iniciarão uma fase de redução do volume populacional.
Uma forma de avaliar a mudança da estrutura etária é por meio do índice de envelhecimento (IE). Em 2000 havia 3,8 milhões de crianças e adolescentes (0-14 anos) e 1,5 milhão de idosos com 60 anos e mais, no Estado do Rio de Janeiro, sendo que o índice de envelhecimento era de 40 idosos para cada 100 crianças e adolescentes de 0-14 anos. Em 2030 o número de crianças e adolescentes cairá para 2,8 milhões e o número de idosos passará para 3,9 milhões de pessoas com 60 anos e mais. Desta forma, o índice de envelhecimento será de 139, ou seja, vai haver 139 idosos (60 anos e +) para cada 100 crianças e adolescentes (0-14 anos).
O Rio de Janeiro será a UF com o segundo maior IE do país, em 2030, superior ao de Minas Gerais, de 127 por 100 e o de São Paulo, de 132 por 100. Como o Estado do Rio de Janeiro foi a Unidade da Federação (UF) que liderou o processo de transição da fecundidade no Brasil, só não será a UF com a estrutura etária mais envelhecida em 2030, devido ao processo de migração. O Estado líder do processo de envelhecimento será o Rio Grande do Sul, com Índice de Envelhecimento de 157 idosos para cada 100 crianças e adolescentes (0-14 anos) em 2030.
O tamanho da onda do envelhecimento brasileiro terá ritmos diferentes conforme as regiões, os estados e as cidades. Mas não haverá como evitar o tsunami grisalho que vai transformar a composição etária da população, em suas diferentes escalas. Embora o Rio de Janeiro esteja na vanguarda, o envelhecimento será um fenômeno nacional. As três esferas da Federação precisam, desde já, se preparar para lidar com este fenômeno demográfico que pode variar em suas dimensões, mas será tão certo quanto a noite que permanentemente sucede o dia. (ecodebate)

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