Desafio
do Brasil é por em prática plano de adaptação às mudanças climáticas
Adaptação às mudanças climáticas
deve ser prioridade para o país.
O
Brasil já tem um plano para se adaptar aos efeitos das mudanças climáticas. O
documento, lançado na semana passada como um dos últimos atos da presidente
afastada Dilma Roussef, contribuirá para que o Brasil reforce sua capacidade de
adaptação e avaliação de riscos climáticos, integrando a gestão de
vulnerabilidades e riscos climáticos às políticas e estratégias públicas.
Deverá também conjugar ações de desenvolvimento nacional e locais às medidas de
adaptação previstas no documento. A expectativa é que o plano comece a ser
implementado pelo governo interino, pois trata-se de uma prioridade para o
país.
O
Plano Nacional de Adaptação (PNA) foi uma das promessas do Brasil na
Convenção do Clima das Nações Unidas. O documento começou a ser elaborado em
2013 e teve como um dos pontos positivos a manutenção do diálogo com outros
órgãos do governo e com a sociedade civil, incluindo reuniões com organizações
sociais e uma consulta pública para o documento, para o qual o WWF-Brasil e o
Observatório do Clima enviaram contribuições.
O
documento inclui objetivos, princípios, diretrizes e estratégias para os
seguintes setores e temas: Agricultura, Biodiversidade e Ecossistemas, Cidades,
Desastres, Naturais, Indústria e Mineração, Infraestrutura (Energia,
Transportes e Mobilidade Urbana), Povos e Populações Vulneráveis, Recursos
Hídricos, Saúde, Segurança Alimentar e Nutricional e Zonas Costeiras.
A
participação de diferentes atores na elaboração do documento fez com que o PNA
tivesse um caráter abrangente e transversal, característica fundamental para um
plano de adaptação. “É preciso definir como essas metas serão atingidas,
fazendo o detalhamento por meio de planos de ações”, diz o coordenador o
Programa de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil, André Nahur.
Ele
lembra que o Brasil é um dos países mais impactos pelas mudanças climáticas por
causa das suas características regionais, enorme biodiversidade e questões
econômicas. Um exemplo é a intensificação dos efeitos climáticos que devem
trazer mais danos à agricultura.
“A mudanças climáticas já são uma realidade, o que precisamos é nos prevenir para que seus efeitos tragam o menor impacto possível, principalmente para as comunidades mais vulneráveis”, diz ele.
“A mudanças climáticas já são uma realidade, o que precisamos é nos prevenir para que seus efeitos tragam o menor impacto possível, principalmente para as comunidades mais vulneráveis”, diz ele.
Além
de trazer esforços para reduzir os impactos, o plano nacional de adaptação pode
trazer soluções e oportunidades para a população brasileira, com empregos
verdes e infraestrutura adequada, continua Nahur, acrescentando que o
WWF-Brasil tem trabalhado também de forma subnacional, para desenvolver planos
regionais de adaptação.
“A
partir da publicação do PNA, abre-se caminho para que os estados desenvolvam e
implementem os seus próprios planos, com as características próprias de cada
região”. (ecodebate)
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