quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Vida no planeta em risco

Seus filhos viverão num planeta pior do que o seu

Saiba quais são as consequências do desflorestamento desenfreado sobre as pessoas, plantas e animais do planeta.

Ficou curioso?

Florestas asfixiadas pelo corte de árvores
A comparação que aproxima as grandes florestas, entre elas a Amazônica, aos “pulmões do planeta”, não é muito precisa, uma vez que são os oceanos os maiores produtores de oxigênio do mundo. Por outro lado, as florestas desempenham papel fundamental no equilíbrio dos ecossistemas, equivalente, digamos, à pele ou aos músculos do corpo humano.

Sendo a Terra toda coberta por 31% de áreas florestais, dá pra se ter uma ideia da importância vital das matas, responsáveis por abrigar uma infinidade de espécies animais (muitas em perigo de extinção) e populações nativas (que tiram seu sustento das florestas), além de regular as temperaturas — evitando o aquecimento global.

A indústria madeireira, no entanto, juntamente com o agronegócio, a extração de minérios e o crescimento desordenado das cidades têm colocado em risco esse importante “termômetro verde” da saúde do planeta, acarretando consequências desastrosas.

Nada menos que 80,4 mil quilômetros quadrados de florestas desaparecem todos os anos. Só a floresta Amazônica, por exemplo, encolheu 17% nas últimas cinco décadas, acossada por madeireiras e mineradoras. Cerca de dois terços das espécies animais do mundo vivem em florestas, muitas das quais sequer foram estudadas pela ciência para que se tenha uma pálida noção do grau de desequilíbrio que sua extinção pode implicar.
No que toca à vida humana, estima-se que 1,6 bilhão de pessoas dependam das florestas para alimentação, água, medicamentos e abrigo, enquanto 350 milhões vivem nessas florestas, de que 60 milhões são povos indígenas os quais, se despojados de seu habitat, perderão muito mais do que sua terra, mas também sua cultura, sua memória e sua identidade.

A elevação das temperaturas globais está diretamente ligada ao desmatamento, respondendo por 15-20% das emissões de gases de efeito estufa, que em 2015 bateram um novo recorde, segundo relatório anual da Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA. Vale dizer que, além de ser responsável por secas, furacões e outras intempéries ao redor do mundo, a mudança climática também vem matando árvores ancestrais, como sequoias e baobás, vulneráveis a alterações bruscas no clima.

E como se não bastasse, a devastação de áreas verdes também vem contribuindo para a desregulação dos ciclos pluviais e para a erosão do solo, que por sua vez afetam as próprias florestas, alimentando assim um círculo vicioso sem fim e com implicações devastadoras para o ecossistema.

Segundo cientistas e especialistas em mudanças climáticas, já não é tão grande a distância que separa a nossa realidade de previsões apocalípticas, como secas colossais, escassez de água, intempéries e demais catástrofes vistas apenas no universo da ficção.

É preciso conscientizar-se sobre o desflorestamento mundo afora, bem como sobre suas consequências diretas e indiretas sobre a sociedade e o meio ambiente. Nesse sentido, atitudes pequenas e pontuais — como evitar o consumo de bens que sejam fruto do desmatamento, assim como boicote a empresas que não estejam comprometidas com a causa ambiental — se não resolvem, pelo menos ajudam a frear o ritmo suicida do desmatamento. A humanidade agradece. (yahoo)


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