Cálculo
revela a quantidade do recurso envolvida na produção de diversos insumos e
resultados surpreendem.
Qual
a quantidade de água que você acredita utilizar diariamente? Segundo a
Organização das Nações Unidas (ONU), 110 litros devem ser suficientes para
atender às necessidades de uma pessoa ao longo de 24 horas, mas um banho de
cinco minutos já consome cerca de 60 litros de água. Entretanto, essa
estimativa da ONU não considera um conceito importante: a água virtual.
Qualquer
processo produtivo utiliza água, mesmo que ela não faça parte do produto final.
O total do líquido empregado, desde o início da produção até que ele chegue ao
ponto de venda, é o que chamamos de água virtual. Nos produtos agrícolas, como
frutas, legumes e grãos, por exemplo, entra no cálculo a água de irrigação da
lavoura, a que é necessária na industrialização, na confecção da embalagem e no
transporte até o mercado.
Guilherme
Karam, coordenador de Estratégias de Conservação da Fundação Grupo Boticário de
Proteção à Natureza, ressalta que esse conceito ainda não é muito difundido
entre a maior parte das pessoas e seu cálculo não faz parte do dia a dia.
“Quando falamos em economia de água, relacionamos com banhos mais curtos ou
escovar os dentes de torneira fechada. São atitudes que têm importância, mas
também é imprescindível pensar nos nossos hábitos gerais de consumo e como eles
podem afetar a disponibilidade de recursos hídricos”.
Peças
empregadas na montagem de um computador, por exemplo, devem ser bem lavadas com
água pura. Como resultado, a produção desse equipamento envolve aproximadamente
1,5 mil litros de água. Um chip de 32 MB, com apenas duas gramas, exige 16 mil
litros.
Existe mais água embutida na fabricação de
produtos usados cotidianamente do que a maior parte das pessoas imagina. Uma
simples camiseta de algodão consome 2,7 mil litros; um hambúrguer, 2,4 mil e um
copo de cerveja, 75. Para que um litro de leite chegue até a mesa do
consumidor, foram necessários mil litros de água, contando com o que foi
ingerido pela vaca e utilizado no processo industrial posteriormente.
Os números envolvidos na produção de carne bovina são ainda mais altos: cerca de 16 mil litros de água podem ser usados para se obter um quilo do alimento. Para um quilo de carne de frango são consumidos 3,9 mil litros. Uma refeição simples, como uma xícara de café, um pão francês e uma fatia de queijo exige quase 700 litros de água.
Evitar o desperdício de alimentos e outros bens de consumo é uma das medidas para reduzir o gasto de água virtual. Além disso, fazer mudanças no cardápio também pode ajudar: uma xícara de chá de 250 ml só demanda 30 litros de água, sendo um bom substituto para o café. Trocar a carne de boi pela de frango algumas vezes na semana também é uma boa opção para poupar água e também gastar menos.
Se o consumidor começar a considerar a água virtual envolvida em cada produto ao fazer suas compras e tomar decisões a partir disso, as empresas serão pressionadas a buscar alternativas para reduzir o consumo e conservar cada vez mais esse recurso, defende Karam. “Os empreendedores também podem perceber a importância de adotar ações de prevenção, com impacto direto na melhoria da qualidade e da quantidade da água, como o incentivo à conservação da natureza”, explica.
Karam ressalta que, para as empresas, promover negócios com impacto positivo na natureza é uma estratégia sensata para a manutenção insumos utilizados na produção. “Agir em favor da conservação dos ambientes naturais em áreas de mananciais permite um bom funcionamento dos processos ecológicos e a geração dos chamados serviços ecossistêmicos, neste caso, a continuidade da oferta de água tanto para as indústrias quanto para a população”, exemplifica. (ecodebate)
Os números envolvidos na produção de carne bovina são ainda mais altos: cerca de 16 mil litros de água podem ser usados para se obter um quilo do alimento. Para um quilo de carne de frango são consumidos 3,9 mil litros. Uma refeição simples, como uma xícara de café, um pão francês e uma fatia de queijo exige quase 700 litros de água.
Evitar o desperdício de alimentos e outros bens de consumo é uma das medidas para reduzir o gasto de água virtual. Além disso, fazer mudanças no cardápio também pode ajudar: uma xícara de chá de 250 ml só demanda 30 litros de água, sendo um bom substituto para o café. Trocar a carne de boi pela de frango algumas vezes na semana também é uma boa opção para poupar água e também gastar menos.
Se o consumidor começar a considerar a água virtual envolvida em cada produto ao fazer suas compras e tomar decisões a partir disso, as empresas serão pressionadas a buscar alternativas para reduzir o consumo e conservar cada vez mais esse recurso, defende Karam. “Os empreendedores também podem perceber a importância de adotar ações de prevenção, com impacto direto na melhoria da qualidade e da quantidade da água, como o incentivo à conservação da natureza”, explica.
Karam ressalta que, para as empresas, promover negócios com impacto positivo na natureza é uma estratégia sensata para a manutenção insumos utilizados na produção. “Agir em favor da conservação dos ambientes naturais em áreas de mananciais permite um bom funcionamento dos processos ecológicos e a geração dos chamados serviços ecossistêmicos, neste caso, a continuidade da oferta de água tanto para as indústrias quanto para a população”, exemplifica. (ecodebate)
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