segunda-feira, 7 de maio de 2018

Investidores da Shell querem plano de emissões mais ambicioso

Shell entra em atrito com investidores que querem plano de emissões mais ambicioso. A petroleira anglo-holandesa Royal Dutch Shell está em pé de guerra. Em março, um grupo de acionistas da companhia aprovou uma resolução na qual questiona a empresa por não fazer tudo que pode para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa (GEEs). Agora, a direção da companhia está reagindo e defendendo o plano de descarbonização apresentado em novembro passado.
Segundo o documento, a petroleira teria até 2050 para cortar as emissões de CO2 de suas operações e produtos pela metade. Os mais de 30 anos para atingir essa meta, no entanto, desagradou ao Follow This, um grupo de acionistas da companhia que vem realizando pressão pela a adoção de plano mais ambicioso que esteja alinhado com os objetivos do Acordo de Paris.
“A Shell está usando essas metas para prosseguir fazendo o que sempre fez pelas próximas décadas”, acusa o fundador do Follow This, Mark van Baal.
A tensão deve chegar ao encontro de acionistas da Shell que está marcado para acontecer do dia 22 do próximo mês na cidade holandesa de Haia. Uma resolução similar apresentada pelo Follow This no ano passado conseguiu apoio de 6,3% do controle acionário da empresa.
Reação
Embora o CEO da Shell, Ben van Beurden, tenha dito a repórteres que a empresa compartilha dos objetivos do Follow This, ele considera a resolução “desnecessária”.
Segundo o executivo, no longo prazo o plano de descarbonização da companhia se alinha com as metas de outros setores econômicos. “Estaremos alinhados com o progresso da sociedade, mas não estaremos atados a uma abordagem que potencialmente poderá se mover muito rapidamente ou muito lentamente”, disse ressaltando que a transição energética terá um impacto “muito significativo” para o negócio da Shell.
O plano atual prevê investimentos entre US$ 1 e US$ 2 bilhões por ano no desenvolvimento de fontes de energia de baixo carbono – entre as quais gás natural e biocombustíveis. Esse valor é de, aproximadamente, um décimo dos investimentos totais da empresa. (novacana)

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