Eliminar as emissões das
usinas a carvão na Índia e na China pode acrescentar anos à vida das pessoas.
Nova pesquisa [The
impact of power generation emissions on ambient PM2.5 pollution and human
health in China and India] calcula
mudanças na mortalidade e expectativa de vida devido à geração de energia.
Os 2,7 bilhões de pessoas que
vivem na China e na Índia – mais de um terço da população mundial – costumam
respirar um pouco do ar mais sujo do planeta. A poluição do ar é um dos maiores
contribuintes para a morte em ambos os países, ocupando o 4º lugar na China e
5º na Índia, e as emissões nocivas de centrais a carvão são um dos principais
fatores contribuintes.
Em um estudo recente,
pesquisadores da Universidade de Harvard queriam saber como a substituição de
usinas a carvão na China e na Índia por energia limpa e renovável poderia
beneficiar a saúde humana e salvar vidas no futuro.
Os pesquisadores descobriram
que eliminar as emissões nocivas das usinas de geração de energia poderia
economizar cerca de 15 milhões de anos de vida na China e 11 milhões de anos de
vida na Índia.
Pesquisas anteriores
exploraram a mortalidade pela exposição ao material particulado fino (conhecido
como PM2.5) na Índia e na China, mas poucos estudos quantificaram o impacto de
fontes específicas e regiões de poluição e identificaram estratégias eficientes
de mitigação.
Usando modelos de química
atmosférica de última geração, os pesquisadores calcularam mudanças anuais
específicas em termos de mortalidade e expectativa de vida devido à geração de
energia. Usando a abordagem específica da província, os pesquisadores
conseguiram restringir as áreas de maior prioridade, recomendando atualizações
para as tecnologias existentes de geração de energia nas províncias de
Shandong, Henan e Sichuan, na China, e Uttar Pradesh, na Índia, devido às suas
contribuições dominantes aos riscos atuais à saúde.
“Este estudo mostra como os
avanços na modelagem e expansão das redes de monitoramento estão fortalecendo a
base científica para estabelecer prioridades ambientais para proteger a saúde
dos cidadãos chineses e indianos”, disse Chris Nielsen, diretor executivo do
Projeto Harvard-China e coautor do estudo. “Isso também mostra em que medida os
países de renda média poderiam se beneficiar com a transição para fontes de
eletricidade não-fósseis à medida que crescem”. (ecodebate)
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