quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

FBMC apresenta estratégias para contenção das mudanças climáticas

COP 24: Fórum Brasileiro de Mudanças do Clima (FBMC) apresenta estratégias para contenção das mudanças climáticas
Mudanças Climáticas – Estudo conclui que desmatamento ilegal zero, reflorestamento de áreas de pasto degradadas e agricultura de baixo carbono são ações consideradas urgentes no País.
Katowice, 10 de dezembro. Em 10/12/18, membros do Fórum Brasileiro de Mudanças do Clima (FBMC) lançaram o estudo ‘Brasil Carbono Zero em 2060’ no Espaço Brasil da COP24, na Polônia. Trata-se de um relatório preliminar das recomendações brasileiras de desenvolvimento de economia de baixo carbono para o longo prazo (Long-term Strategy – LTS), que deverá ser submetido à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) até 2020. O estudo foi solicitado pelo presidente Michel Temer ao FBMC em agosto deste ano.
De acordo com o relatório, combate ao desmatamento ilegal, reflorestamento de áreas degradadas pelo pasto, agricultura de baixo carbono e redução drástica da queima de combustíveis fósseis, sobretudo no setor dos transportes, devem ser medidas prioritárias para o Brasil ajudar o planeta na contenção do aquecimento global em 1,5ºC de acordo com os níveis pré-industriais, como recomenda o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para evitar tragédias ambientais e escassez de alimentos já nas próximas décadas.
Ana Carolina Szklo, diretora de desenvolvimento institucional do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), lembrou que “zerar o desmatamento líquido nos biomas brasileiros e aumentar as taxas de reflorestamento em médio prazo” é uma das 10 propostas prioritárias que o setor empresarial brasileiro apresentou aos presidenciáveis no período eleitoral, por meio do documento Agenda CEBDS por um Brasil Sustentável. “A política da mudança climática é uma agenda de Estado, não de governo”, ressaltou Ana, que afirma que o setor empresarial brasileiro está disposto a assumir metas mais ambiciosas na agenda climática por entender que a transição para uma economia de baixo carbono gera oportunidades de negócios que contribuem para a resiliência dos negócios. “É de interesse econômico que não haja mais desmatamento ilegal no Brasil. Porque se continuar, a conta vai ficar cara para todos os setores”, concluiu.
Ao comentar a postura cética do novo governo sobre as mudanças climáticas, o secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima, Alfredo Sirkis disse que aposta no diálogo e que é preciso encontrar pontos de convergência sobre a agenda nos diversos grupos do novo governo.
Brasil apresenta na COP24 estratégias de longo prazo para contenção das mudanças climáticas
“Vamos precisar de habilidades que vão muito além de protestar. Minha palavra de ordem agora é tranquilidade”, afirmou. Sobre a possibilidade de dissolução do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC), Sirkis disse que a instituição cogita até virar uma organização da sociedade civil com participação do governo subnacional. “Nossos estudos vão continuar nem que chova canivete”, afirmou. (ecodebate)

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