COP 24: Fórum Brasileiro de
Mudanças do Clima (FBMC) apresenta estratégias para contenção das mudanças
climáticas
Mudanças Climáticas – Estudo
conclui que desmatamento ilegal zero, reflorestamento de áreas de pasto
degradadas e agricultura de baixo carbono são ações consideradas urgentes no
País.
Katowice, 10 de dezembro. Em
10/12/18, membros do Fórum Brasileiro de Mudanças do Clima (FBMC) lançaram o
estudo ‘Brasil Carbono Zero em 2060’ no Espaço Brasil da COP24, na Polônia.
Trata-se de um relatório preliminar das recomendações brasileiras de
desenvolvimento de economia de baixo carbono para o longo prazo (Long-term
Strategy – LTS), que deverá ser submetido à Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) até 2020. O estudo foi solicitado pelo
presidente Michel Temer ao FBMC em agosto deste ano.
De acordo com o relatório,
combate ao desmatamento ilegal, reflorestamento de áreas degradadas pelo pasto,
agricultura de baixo carbono e redução drástica da queima de combustíveis
fósseis, sobretudo no setor dos transportes, devem ser medidas prioritárias
para o Brasil ajudar o planeta na contenção do aquecimento global em 1,5ºC de
acordo com os níveis pré-industriais, como recomenda o Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para evitar tragédias
ambientais e escassez de alimentos já nas próximas décadas.
Ana Carolina Szklo, diretora
de desenvolvimento institucional do Conselho Empresarial Brasileiro para o
Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), lembrou que “zerar o desmatamento líquido
nos biomas brasileiros e aumentar as taxas de reflorestamento em médio prazo” é
uma das 10 propostas prioritárias que o setor empresarial brasileiro apresentou
aos presidenciáveis no período eleitoral, por meio do documento Agenda CEBDS
por um Brasil Sustentável. “A política da mudança climática é uma agenda de
Estado, não de governo”, ressaltou Ana, que afirma que o setor empresarial
brasileiro está disposto a assumir metas mais ambiciosas na agenda climática
por entender que a transição para uma economia de baixo carbono gera
oportunidades de negócios que contribuem para a resiliência dos negócios. “É de
interesse econômico que não haja mais desmatamento ilegal no Brasil. Porque se
continuar, a conta vai ficar cara para todos os setores”, concluiu.
Ao comentar a postura cética
do novo governo sobre as mudanças climáticas, o secretário-executivo do Fórum
Brasileiro de Mudança do Clima, Alfredo Sirkis disse que aposta no diálogo e
que é preciso encontrar pontos de convergência sobre a agenda nos diversos
grupos do novo governo.
Brasil
apresenta na COP24 estratégias de longo prazo para contenção das mudanças
climáticas
“Vamos precisar de
habilidades que vão muito além de protestar. Minha palavra de ordem agora é
tranquilidade”, afirmou. Sobre a possibilidade de dissolução do Fórum
Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC), Sirkis disse que a instituição cogita
até virar uma organização da sociedade civil com participação do governo
subnacional. “Nossos estudos vão continuar nem que chova canivete”, afirmou.
(ecodebate)
Nenhum comentário:
Postar um comentário