Mundo não está no caminho para frear mudanças
climáticas, diz Organização Meteorológica Mundial (OMM).
O mundo está seguindo a direção contrária para frear
mudanças climáticas após outro ano de temperaturas quase recordes, disse e
29/11/18 o chefe da agência meteorológica da ONU.
“Não estamos no caminho para cumprir metas de
mudanças climáticas e conter aumentos de temperatura”, disse o secretário-geral
da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Petteri Taalas.
“Concentrações de gases causadores do efeito estufa
estão novamente em níveis recordes e, se a tendência atual continuar, podemos
ver aumentos de 3 a 5°C até o fim do século. Se explorarmos todos os recursos
conhecidos de combustíveis fósseis, o aumento de temperatura será
consideravelmente maior”, afirmou.
Imagem da
Terra criada a partir de fotografias tiradas pelo satélite Suomi.
O mundo
está seguindo a direção contrária para frear mudanças climáticas após outro ano
de temperaturas quase recordes, em 29/11/18 o chefe da agência meteorológica da
ONU.
“Não
estamos no caminho para cumprir metas de mudanças climáticas e conter aumentos
de temperatura”, disse o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial
(OMM), Petteri Taalas.
“Concentrações
de gases causadores do efeito estufa estão novamente em níveis recordes e, se a
tendência atual continuar, podemos ver aumentos de 3 a 5°C até o fim do século.
Se explorarmos todos os recursos conhecidos de combustíveis fósseis, o aumento
de temperatura será consideravelmente maior”, afirmou.
Dados de
cinco órgãos que monitoram de forma independente as temperaturas globais e que
formaram a base do relatório anual mais recente da OMM indicam que este ano
deve ser o quarto mais quente já registrado.
Segundo o
monitoramento, os 20 anos mais quentes já registrados ocorreram nos últimos 22
anos, sendo os quatro últimos os mais quentes de todos.
“Vale
repetir que somos a primeira geração a entender completamente as mudanças
climáticas e a última geração capaz de fazer algo sobre isso”, disse Taalas.
Os
comentários do secretário-geral da OMM apoiam as descobertas de outro órgão
global de autoridade, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
(IPCC).
Em seu
relatório sobre aquecimento global de 1,5°C, o órgão concluiu que a temperatura
média global na década anterior a 2015 era 0,86°C acima dos níveis
pré-industriais.
Entre 2014
e 2018, no entanto, esta média cresceu para 1,04 °C acima da base
pré-industrial, disseram especialistas do IPCC.
“É mais do
que apenas números”, disse a vice-secretária-geral da OMM, Elena Manaenkova,
destacando que “cada fração de um grau de aquecimento faz uma diferença à saúde
humana e ao acesso a água fresca e comida”.
A
extinção de muitos animais e plantas também está ligada ao aquecimento global,
insistiu a autoridade da OMM, assim como a sobrevivência de recifes de corais e
da vida marinha.
Área
desmatada equivale a duas vezes o tamanho da Alemanha –cerca de 74 milhões de
hectares.
“Isto faz
uma diferença à produtividade econômica, segurança alimentar e para a
resiliência de nossas infraestruturas e cidades”, disse Manaenkova. “Isto faz
uma diferença à velocidade de derretimento de geleiras e fornecimento de água e
ao futuro de ilhas e comunidades costeiras. Cada porção extra importa”.
O relatório
da OMM é parte das evidências científicas que serão usadas nas negociações
sobre mudanças climáticas até 14 de dezembro em Katowice, na Polônia.
O objetivo
principal é adotar diretrizes de implementação do Acordo de Paris, que busca
manter o aumento médio de temperatura o mais próximo possível de 1,5°C.
Esta meta é
possível, de acordo com o IPCC, mas irá exigir “mudanças sem precedentes” em
nossos estilos de vida e sistemas de energia e transportes.
Destacando
o impacto econômico de temperaturas globais mais altas, a OMM ressaltou que
muitos países estão cada vez mais cientes de possíveis problemas.
Isto inclui
os Estados Unidos, onde um recente relatório federal detalhou como as mudanças
climáticas já estão afetando o meio ambiente, a agricultura, a energia, a terra
e recursos de água, além de transporte, saúde da população e bem-estar.
Uma
avaliação do Reino Unido recém-publicada também alertou que temperaturas de
verão podem ser até 5,4°C mais altas e chuvas de verão podem ser reduzidas em
até 47% até 2070.
Perdas de
florestas contribuem para 1/6 das emissões anuais de gases de efeito estufa.
Na Suíça,
conhecida por suas montanhas e pela prática de esqui, especialistas nacionais
em meteorologia alertaram mais cedo neste mês que o país pode ficar mais quente
e mais seco. Além disso, o país deve ter chuvas mais intensas – e menos neve –
no futuro. (ecodebate)
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