segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Plano nacional para combater a poluição plástica no mar

Plano nacional para combater a poluição plástica no mar lança consulta pública com questionário online.
Campanha Mares Limpos visa combater poluição dos oceanos causada pelo consumo e produção de plástico.
A poluição plástica é um problema grave no Brasil? Você ou a sua organização tem boas ideias para minimizar o lixo que invade nossos oceanos?

O Ministério do Meio Ambiente quer saber essas e outras opiniões do público sobre o tema, para fundamentar a construção do Plano de Ação Nacional para o Combate ao Lixo no Mar. Para isso, lançaram um questionário online para entender o que os diversos setores da sociedade pensam e propõem para uma das maiores ameaças aos oceanos: o lixo.
O lançamento aconteceu a Waste Expo Brasil, em São Paulo, dando início à etapa de consulta pública para a elaboração do Plano Nacional – um dos compromissos voluntários assumidos pelo Brasil na Conferência dos Oceanos da ONU, em junho de 2017. O plano, que também é impulsionado pela Campanha Mares Limpos, da ONU Meio Ambiente, tem lançamento previsto para junho do ano que vem e deverá conter uma série de medidas para evitar a poluição da zona costeiro-marinha brasileira.

Estima-se que 80% do lixo encontrado nos oceanos tenha origem em atividades que ocorrem em terra (indústria, turismo, gestão inadequada de resíduos sólidos, entre outros). A produção e o consumo deste material têm aumentado exponencialmente nos últimos anos. Enquanto a humanidade levou mais de 50 anos para produzir 4,15 bilhões de toneladas de plástico, a mesma quantidade saiu das indústrias nas últimas duas décadas, entre 2002 e 2015.
Durante o evento de lançamento, o Secretário de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Jair Tannus, relembrou que para a construção do Plano Nacional e consequentemente frear a poluição dos mares, a sociedade tem um papel central: “O questionário convida todos os atores a se engajarem. O Brasil firmou um compromisso voluntário na ONU e entendemos que, com o lançamento da consulta pública, cada cidadão, entidade, ente público e empresa também poderá assumir esse compromisso de fazer ações para combater ou minimizar de alguma forma o lixo no mar. É importante que cada um faça a sua parte para que a gente consiga alcançar nossos objetivos”.
O questionário online convida cada um a relatar a sua percepção (ou de sua organização) sobre a poluição dos oceanos e a propor até três ações para combater o lixo gerado em terra e o lixo gerado no mar. O preenchimento leva, em média, 10 minutos, e pode ser feito no link bit.ly/QuestPlanoNacionalLixonoMar, até 08/01/2019. Os dados captados serão enviados para o Instituto Federal do Paraná para análise e posterior avaliação pela Comissão Organizadora do Plano, do qual a ONU Meio Ambiente faz parte.

A Gerente da Campanha Mares Limpos no Brasil, Fernanda Daltro, que participou da Waste Expo no painel sobre Soluções Inteligentes para o Gerenciamento de Resíduos Plásticos, destacou que o problema está no fato de não conseguirmos gerir o plástico que estamos gerando. “Quanto mais produtos de uso único produzimos e consumimos, maior é a geração de resíduos – principalmente resíduos plásticos”. O Plano Nacional é um passo importante para minimizar a poluição plástica que invade nossos oceanos. Ele será o arcabouço institucional sob o qual ações prioritárias estarão elencadas, ações que podem contemplar, por exemplo, a regulamentação de itens plásticos descartáveis, o estímulo à inovação na indústria e no redesign de produtos e embalagens, campanhas de sensibilização da sociedade, e ações sistemáticas para retirar o passivo de áreas comprometidas.
Por ano, são consumidas até 5 trilhões de sacolas plásticas em todo o planeta.

A cada minuto, são compradas 1 milhão de garrafas plásticas e 90% da água engarrafada contém micro plásticos.
Metade do plástico consumido pelos humanos é descartável (e evitável).
Pelo menos 13 milhões de toneladas vão parar nos oceanos anualmente.
Isso prejudica 600 espécies marinhas, das quais 15% estão ameaçadas de extinção.
As prioridades serão identificadas a partir das respostas da sociedade ao questionário. (ecodebate)

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