O desmatamento na Amazônia e sua influência no
regime de chuvas do Brasil.
No
artigo veiculado em 2017 neste site sob o título “A importância dos rios voadores e da
floresta amazônica”, foi enfatizado pelo autor deste trabalho o quão é relevante a
conservação do bioma amazônico para a manutenção e equilíbrio do regime de
chuvas em todo território brasileiro. No entanto, o desmatamento na região amazônica continua sem controle.
Informações
recentes, por exemplo, dão conta de que em 1 ano foi desmatada uma área
equivalente a 13 vezes o tamanho de Belo Horizonte.
Por
mais que vários estudos mostrem que a retirada da vegetação da região amazônica
afetará, de forma dramática, todas as formas de vida no Cone Sul, parte do
Caribe e até mesmo do Planeta, existe aquele segmento da sociedade que não
acredita nas mudanças climáticas, contribuindo e até estimulando essa ação
predatória em outros lugares. Tal segmento encontra, ainda, fragilidade na
fiscalização contra o desmatamento, motivo pelo qual age de forma contínua e na
certeza de que não serão afetados ou impedidos de agir.
A
floresta amazônica está sob um sistema extremamente frágil, pois seus solos são
pouco férteis e predominantemente arenosos; a floresta se mantem a partir da
ciclagem de nutrientes, provenientes da decomposição das próprias folhas das
árvores que caem e assim formam uma camada superficial rica em matéria
orgânica. Nessas condições, uma vez desmatada a floresta, não ocorre sua
regeneração, dando origem assim a uma vegetação típica de solos pobres.
A
Amazônia contribui com os índices de chuva graças à sua emissão de umidade.
Com
a ausência da vegetação de floresta, as massas de ar provenientes do Oceano
Atlântico, não serão mais condensadas e exportadas, como ocorre atualmente,
seguindo a orientação norte-sul da Cordilheira dos Andes como anteparo até
chegar aos estados da região centro-sul. Será então o fim dos chamados “Rios
Voadores”. Como resultado, não haverá mais um regime regular de chuvas e o país
ficará à mercê de mudanças abruptas de temperatura, aliadas a chuvas escassas
intercaladas com temporais, quebrando assim a regularidade que existe
atualmente. Ter-se-á então um regime climático implacável, semelhante às
regiões desérticas.
Basta
lembrar que o Deserto do Saara já teve uma floresta relativamente densa até
5.000 anos atrás. Embora ela tenha desaparecido por influência de fenômenos
naturais, principalmente pelo aumento da insolação, de acordo com a corrente de
estudos atualmente predominante, é importante saber que sua ausência influencia
o modo de vida do povo do Saara, submetendo-o a um regime climático rígido, com
privações de toda ordem.
Regime
de chuvas amazônicos.
Como
brasileiros, principalmente, vamos então nos submeter também a esse regime
climático rígido que pode começar daqui a 1 ou dois séculos? (ecodebate)
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