IPT lança guia para auxiliar gestores públicos
municipais na elaboração de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento
sustentável.
Ilhas
de calor, arborização urbana inadequada, impermeabilização do solo e baixa
qualidade da água são exemplos de problemas de uma cidade ao pensarmos em meio
ambiente. E quais as necessidades de um município para promover a qualidade de
vida dos cidadãos e o melhor uso dos recursos naturais? Como auxiliar os
gestores públicos a encontrar soluções para os problemas da sua cidade e, ao
mesmo tempo, fornecer melhor qualidade de vida à população por meio de soluções
ambientais?
A
publicação apresenta as ferramentas para auxiliar os gestores públicos a
identificar e priorizar áreas para a implantação da infraestrutura verde,
principalmente no âmbito municipal, e criar programas de políticas públicas
voltados ao desenvolvimento sustentável.
“A
gestão de um município exige, obrigatoriamente, pensar em sustentabilidade,
redução e aproveitamento de resíduos e, principalmente, em equilíbrio entre
elementos antrópicos e naturais. As áreas verdes e permeáveis devem ser
inseridas no contexto urbano a fim de permitir cidades com maior qualidade de
vida”, explica a pesquisadora e coordenadora do projeto, Maria Lucia Solera,
da Seção de Sustentabilidade de
Recursos Florestais do IPT.
A
conservação e a restauração da paisagem natural, como florestas, é componente
essencial da chamada infraestrutura verde. Quando estas áreas sensíveis são
protegidas ou implantadas, ocorre uma melhoria na qualidade da água e nas
condições do habitat da vida silvestre, além da geração de oportunidades de
recreação, proporcionando aumento da qualidade de vida dos cidadãos. Assim, a
infraestrutura verde pode ser uma alternativa para mitigar a degradação da
paisagem urbana, além de proporcionar serviços ambientais essenciais para a
sustentabilidade das cidades.
Metodologia: A base da metodologia desenvolvida no estudo foi identificar as funções ambientais relacionadas às tipologias de infraestrutura verde e seus respectivos indicadores, utilizando como área-piloto de aplicação os distritos da subprefeitura do Butantã, no município de São Paulo.
Alagados construídos (ou wetlands), que fazem a purificação das águas pluviais e a promoção da retenção de contaminantes, são dois exemplos de tipologias funcionais de infraestrutura verde
O
resultado do emprego da metodologia nesta área foi a indicação das tipologias
multifuncionais da infraestrutura verde possíveis de serem implantadas, seja um
canteiro pluvial, um jardim de chuva ou outra solução de acordo com a escala de
aplicação.
Cada
município, ou até mesmo apenas uma área de aplicação, poderá lançar mão do guia
para conhecer as situações ambientais de sua região por meio de indicadores,
definir zonas prioritárias para ampliação do provimento de serviços ambientais
e, finalmente, selecionar as tipologias de infraestrutura verde apropriadas à
sua realidade.
“Espera-se que, com este guia, os gestores públicos sejam capazes de identificar e priorizar as áreas com os maiores déficits de funções ambientais em seu município e de escolher as diferentes tipologias de infraestrutura verde para implantação”, completa Ana Paula de Souza Silva, chefe da Seção de Sustentabilidade de Recursos Florestais.
IPT lança guia para implantação de infraestrutura verde nas cidades.
Publicação
vai auxiliar gestores públicos municipais na elaboração de políticas públicas
voltadas ao desenvolvimento sustentável.
O
guia está estruturado em quatro capítulos que abordam questões conceituais
sobre infraestrutura verde e serviços ambientais (capítulos 1 e 2), seguidos
por uma descrição passo a passo da aplicação da metodologia (capítulo 3) e, no
fechamento, uma discussão sobre as limitações da aplicação da metodologia e
recomendações para superá-las (capítulo 4).
“O método teve como base o uso de um recurso tecnológico, o Sistema de Informações Geográficas, que depende de recursos humanos capacitados para utilizá-lo nos municípios. Sabe-se que nem sempre há profissionais habilitados para o seu uso nas prefeituras”, afirma Solera. “Mesmo que o método apresentado não possa ser 100% replicado em todos os municípios, o guia pode auxiliar nas discussões e tomada de decisão acerca da implantação de infraestrutura verde, podendo ser adaptado às situações e à realidade de cada um deles”.
A publicação é resultado do projeto de capacitação ‘Desenvolvimento de soluções tecnológicas para infraestrutura verde’, executado pelo IPT por meio do financiamento da Fundação de Apoio ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (FIPT). (ecodebate)
Nenhum comentário:
Postar um comentário