quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Desmatamento diminui na Amazônia brasileira em agosto

Desmatamento diminui na Amazônia brasileira em agosto/20, mas continua alto.

O desmatamento na floresta tropical amazônica do Brasil diminuiu em agosto na comparação com o mesmo mês de 2019, mostraram dados preliminares do governo em 11/09/2020, apesar de os incêndios estarem piorando na região.

Aproximadamente 1.359 km2 de selva foram devastados no mês passado, maior que a área do município do Rio de Janeiro, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Trata-se do 5º pior mês já registrado, embora a cifra tenha ficado 21% abaixo da de agosto/2019.

O desmatamento mensal mostrou um recuo em relação a um recorde de 2019, mas ambientalistas dizem que a destruição continua fora de controle.

"Simplesmente não repetiu o desastre, mas ainda é muito ruim", disse Marcio Astrini, que dirige o grupo ativista brasileiro Observatório do Clima.

Nos 8 primeiros meses do ano, o desmatamento diminuiu 5% na comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo cerca de 6.100 km2.

Apesar da diminuição do desmatamento em agosto/2020, os incêndios na Amazônia subiram 85% nos dez primeiros dias de setembro.

Ambientalistas e especialistas culpam as políticas do presidente Jair Bolsonaro pela disparada do desmatamento, os 5 piores meses de desmatamento já registrados ocorreram após sua posse em janeiro/2019. Eles dizem que Bolsonaro tem revogado proteções ambientais e apelado pelo desenvolvimento da Amazônia, incentivando madeireiros ilegais e grileiros a destruírem a floresta.

Bolsonaro defende suas políticas, dizendo que o desenvolvimento tirará a região da pobreza. Ele autorizou os militares a combaterem o desmatamento e os incêndios florestais de maio a novembro deste ano.

Enquanto isso, os incêndios na Amazônia nos dez primeiros dias de setembro subiram 85% quando comparados com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados do INPE.

"Eu vi os números. Estou assustada", disse Ane Alencar, diretora científica do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

Em agosto, os incêndios provavelmente atingiram sua maior alta na década, disse um especialista do INPE à Reuters.

Desmatamento e os incêndios florestais deste ano emitiram 226 milhões de toneladas de dióxido de carbono, o equivalente às emissões anuais de 48,8 milhões de carros, segundo um cálculo do Ipam e do Centro de Pesquisa Climática Woodwell dos Estados Unidos.
Vista aérea de um barco navegando o rio Juruá, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uacari, município de Carauari, no coração da Amazônia brasileira, a 788 km de Manaus em 15/03/2020.

Alto índice de desmatamento na Amazônia brasileira, embora menor que em 2019. (noticiasagricolas)

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