O relatório
prevê, por exemplo, que o nível do mar continuará a subir inevitavelmente,
entre 28 e 55 centímetros até ao final do século em relação aos níveis atuais,
mesmo que se consigam emissões líquidas zero (e caso as emissões atuais
dupliquem, a subida poderá chegar aos 1,8 metros).
Em muito longo
prazo, o nível do mar aumentará entre dois e três metros nos próximos 2.000
anos se o aquecimento global permanecer em 1,5°C, como propõe o Acordo de
Paris, mas pode ultrapassar 20 metros com uma subida de 5°C.
O novo documento do IPCC, que analisa os efeitos das alterações climáticas no planeta desde 1988, indica ainda que os glaciares de montanha e nos polos vão continuar a derreter durante décadas ou até séculos, e de forma mais pronunciada no hemisfério norte que no sul.
Nós estamos em um clima de emergência alertar especialistas e AOC como gelo da Groenlândia enfrenta possível derretimento de recorde.
Também prevê
mudanças irreversíveis numa escala de milhares de anos na temperatura,
acidificação e desoxigenação dos oceanos, onde o aquecimento global foi
ligeiramente menor (0,88°C em comparação com a era pré-industrial) do que em
terra firme (1,59°C).
O relatório,
centrado na vertente científica das alterações climáticas, será complementado
em 2022 por mais dois realizados por outros grupos de trabalho do IPCC (um
centrado na adaptação das sociedades e outro nas medidas de mitigação).
Os três servirão para sintetizar o sexto relatório do IPCC, previsto para ser publicado no segundo semestre de 2022, a fim de dar continuidade ao trabalho iniciado nos relatórios de 1990, 1995, 2001, 2007 e 2014.
Aquecimento global está se desenvolvendo mais rápido do que o esperado.
Parte de
efeitos da mudança climática pode ser irreversível, alerta IPCC.
O IPCC foi estabelecido em 1988 por duas agências da ONU: a Organização Meteorológica Mundial (OMM) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP). (efe)
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