Esse colapso, causado pela
ação humana, pode ser comparado ao impacto do asteroide, responsável pela
extinção dos dinossauros e 75% das espécies que habitavam o planeta. É preciso
lembrar que o desaparecimento de espécies é um fenômeno natural, mas sua atual
taxa está calculada entre cem e mil vezes superior àquela que antecede a
presença humana na Terra, sendo extremamente rápida e com tendência a
aceleração.
Além disso, reunir essas três florestas tropicais num acordo de cooperação, tais países poderão articular a inversão de recursos significativos, oriundos de várias fontes, tendo em vista sua conservação, o que as transforma, também, em uma ferramenta imprescindível para o enfrentamento das mudanças climáticas.
Juntos, os países possuem três das maiores florestas tropicais do mundo (Amazônica, do Congo e a Borneo-Mekong, que passa pela Indonésia), respondendo por 52% das zonas com este tipo de vegetação, no planeta.
Essa iniciativa, proposta
pelo governo brasileiro foi objeto de uma declaração conjunta em novembro de
2022 em Bali, durante uma reunião do G20, às vésperas da COP27 da Convenção do
Clima que se realizou em seguida, no Egito.
A proposta prevê que os três
países passarão a protagonizar as negociações sobre clima e biodiversidade na
ONU, relacionadas às florestas tropicais, atuando especialmente nas áreas de
apoio financeiro, gestão sustentável e regeneração.
Durante a realização da Cúpula da Amazônia, em agosto deste ano, além dos sete outros países amazônicos (Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname), Congo e Indonésia também foram convidados a participar.
O estabelecimento dessa aliança e a criação de um sistema coordenado para a cooperação entre todos esses países e o restante do mundo, parece ser imprescindível para o enfrentamento dos atuais desafios planetários, em direção ao desenvolvimento sustentável. (ecodebate)
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