O setor de energia acabou
sentindo na pele a “lei do retorno”. Isso porque a geração hidrelétrica global
foi prejudicada por secas severas, resultantes da combinação do El Niño com as
mudanças climáticas – cujo maior responsável é o próprio segmento energético, com
as emissões oriundas da queima dos combustíveis fósseis.
Com menos água, alguns países acionaram mais termelétricas para suprir a demanda, o que fez aumentar em 40% as emissões do setor elétrico mundial e pesar nas emissões de todo o segmento energético. China, Canadá e México recorreram a derivados de petróleo, gás fóssil ou carvão para gerar eletricidade, o que se traduziu num aumento de 170 milhões de toneladas de CO2, destaca O Globo. Além disso, a China continuou a usar energia poluente para manter seu crescimento, após a crise da COVID-19.
As emissões mais altas da Índia e da China ajudaram a compensar negativamente as reduções obtidas na Europa e nos EUA. As duas economias emergentes continuaram fortemente dependentes do carvão para atender à demanda interna, mesmo desenvolvendo fontes mais limpas, explica a Folha.
Apesar do crescimento, a IEA
vê os números do ano passado sob a perspectiva do “copo meio cheio”. A agência
destaca no documento que a situação teria sido bem pior não fosse a expansão
crescente das fontes renováveis de energia e do aumento da participação dos
veículos elétricos nos transportes.
Análise mostra que 2023 foi o
primeiro ano em que pelo menos metade da produção de eletricidade nos países
industrializados veio de fontes de baixas emissões, como a energia renovável e
a polêmica energia nuclear, informa o DW. Assim, as emissões relacionadas com a
energia caíram 4,1% nos Estados Unidos e 9% na União Europeia, impulsionadas
por um aumento na produção de energia renovável.
No geral, as emissões das economias avançadas caíram para o nível mais baixo dos últimos 50 anos, à medida que a procura por carvão caiu para níveis não observados desde o início do século 20.
E mesmo com o aumento das emissões na China, a IEA destaca que o país contribuiu com cerca de 60% das adições globais de energia solar, eólica e veículos elétricos em 2023. (biodieselbr)
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