Pegada ecológica na América
do Norte está diminuindo. Mas a região terá que investir na transição
energética e na restauração ecológica.
A Divisão de População da ONU
divulgou, no Dia Mundial de População em 11/07/2024, as novas projeções
demográficas para todos os países e regiões do mundo, já incorporando os
efeitos da pandemia da covid-19 sobre a dinâmica populacional. Os novos números
são fundamentais para se conhecer os cenários demográficos globais.
Em 01/07/1950 a população do
planeta era de 2,49 bilhões de habitantes, passou para 6,2 bilhões no ano 2000,
deve atingir o pico populacional em 2084, com 10,3 bilhões de habitantes e
diminuir ligeiramente para 10,2 bilhões de habitantes em 2100. A população
global deve mais que quadruplicar em 150 anos. Mas todo este crescimento se deu
de forma diferenciada.
Evidentemente, o fim do 1º bônus demográfico traz desafios para a economia. Mas o continente pode contar com o 2º bônus demográfico (bônus da produtividade) e o 3º bônus demográfico (bônus da longevidade e da geração prateada).
A Global Footprint Network apresenta uma metodologia que viabiliza o cálculo da capacidade de carga, contabilizando o impacto humano sobre o meio ambiente e a disponibilidade de “capital natural” do mundo.
O gráfico abaixo, do
Instituto Global Footprint Network, apresenta os valores da pegada ecológica
global e da biocapacidade global de 1961 a 2019, com uma estimativa até 2022. A
pegada ecológica serve para avaliar o impacto do ser humano sobre a biosfera. A
biocapacidade, avalia o montante de terra, água e demais recursos
biologicamente produtivos para prover bens e serviços do ecossistema, sendo
equivalente à capacidade regenerativa da natureza. Ambas as medidas são
representadas em hectares globais (gha).
Em 1961, a população da
América do Norte era de 202 milhões de habitantes e tinha uma biocapacidade de
1,52 bilhão de gha e uma pegada ecológica de 1,79 bilhão de gha.
Portanto, havia um pequeno
déficit ambiental na América do Norte, de 270 milhões de gha. Ao longo das
décadas este déficit subiu até quase 2 bilhões de gha na primeira década do
atual século.
Em 2022, a pegada ecológica da América do Norte passou para 2,81 bilhões de gha e a biocapacidade ficou em 1,81 bilhão de gha. Isto significa que o déficit ambiental diminuiu, mas se mantém elevado em 1 bilhão de gha ou um déficit relativo de 55%.
Nos últimos anos a pegada ecológica na América do Norte está diminuindo. Mas a região terá que investir na transição energética e na restauração ecológica para acelerar a saída do déficit e conseguir criar um superávit ambiental. (ecodebate)
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