A Oceania tinha somente 13
milhões de habitantes em 1950, passou para 41 milhões em 2017 e deve ficar com
72 milhões de habitantes em 2100. O gráfico abaixo mostra que o crescimento
entre 1950 e 2100 foi de 4,4 vezes na população mundial.
A despeito do contínuo
crescimento populacional, a Oceania já experimenta a mudança da estrutura
etária
A Divisão de População da ONU
divulgou, no Dia Mundial de População, 11/07/2024, as novas projeções demográficas
para todos os países e regiões do mundo, já incorporando os efeitos da pandemia
da covid-19 sobre a dinâmica populacional. Os novos números são fundamentais
para se conhecer os cenários demográficos globais.
A população do planeta em
01/07 era de 2,49 bilhões de habitantes em 1950, passou para 6,2 bilhões no ano
2000, deve atingir o pico populacional em 2084, com 10,3 bilhões de habitantes
e diminuir ligeiramente para 10,2 bilhões de habitantes em 2100. A população
global deve mais que quadruplicar em 150 anos. Mas todo este crescimento se deu
de forma diferenciada.
A Oceania é o continente menos populoso, tinha apenas 12,6 milhões de habitantes em 1950 (do tamanho da cidade de São Paulo atualmente) e deve apresentar crescimento durante os 150 anos e chegar a 73 milhões de habitantes em 2100 (menos da metade da população brasileira prevista para a mesma data).
A despeito do contínuo crescimento populacional, a Oceania já experimenta a mudança da estrutura etária. O gráfico abaixo mostra que o percentual de crianças e adolescentes (0-14 anos) chegou a 34% no início da década de 1960 e passou a diminuir nas décadas seguintes, estando em torno de 22% atualmente e deve alcançar cerca de 16% no final do século.
A percentagem de pessoas em idade economicamente ativa (15-59 anos) caiu na década de 1950, mas subiu até o máximo de 62% na primeira década do atual século. Nas últimas 9 décadas, a população em idade ativa vai diminuir até ficar em torno de 54% em 2100. Isto quer dizer que a Oceania já passou pelo melhor momento do 1º bônus demográfico. Ou seja, deve haver um encolhimento da força de trabalho da Oceania nas próximas 9 décadas.
A percentagem de idosos de 60 anos e mais de idade na Oceania estava em torno de 10% entre 1950 e 1970 e começou a subir desde então. Na atual década, está abaixo de 20% e deve atingir 30% em 2100. Portanto, o envelhecimento populacional na Oceania será maior do que na África, mas menor do que nos demais continentes.
Existe uma janela de oportunidade
para a Oceania com o aproveitamento conjunto do 1º bônus demográfico e do 2º
bônus demográfico (bônus da produtividade).
Se forem adotadas as medidas corretas, a África poderá superar a armadilha da pobreza e avançar para obter maiores índices de bem-estar social.
A Global Footprint Network apresenta uma metodologia que viabiliza o cálculo da capacidade de carga, contabilizando o impacto humano sobre o meio ambiente e a disponibilidade de “capital natural” do mundo.
O gráfico abaixo, do Instituto
Global Footprint Network, apresenta os valores da pegada ecológica global e da
biocapacidade global de 1961 a 2019, com uma estimativa até 2022. A pegada
ecológica serve para avaliar o impacto do ser humano sobre a biosfera.
A biocapacidade, avalia o
montante de terra, água e demais recursos biologicamente produtivos para prover
bens e serviços do ecossistema, sendo equivalente à capacidade regenerativa da
natureza. Ambas as medidas são representadas em hectares globais (gha).
Em 1961, a população da Oceania
era de 16,2 milhões de habitantes e tinha uma biocapacidade de 1,93 bilhão de
gha e uma pegada ecológica de 1,21 bilhão de gha. Portanto, havia um superávit
ambiental, que prevaleceu na segunda metade do século XX.
Em 2022, a pegada ecológica passou para 2,62 bilhões de gha, com uma biocapacidade de 2,55 bilhões de gha. Isto significa que há um pequeno déficit ambiental de 7 milhões de gha ou um déficit relativo de 3%.
A Oceania tem pequeno impacto no quadro global, mas tem todas as condições de eliminar o déficit ambiental e recuperar o superávit que existia no século passado. O continente tem riquezas ecológicas significativas, como a Grande Barreira de Corais da Austrália que é o maior organismo vivo da Terra.
O ecossistema de 2.300 km de
extensão compreende milhares de recifes e centenas de ilhas feitas de mais de
600 tipos de corais duros e macios. Abriga inúmeras espécies de peixes
coloridos, moluscos e estrelas-do-mar, além de tartarugas, golfinhos e tubarões.
Garantir a vida dos corais é fundamental para a manutenção da biodiversidade da
Oceania e do mundo. (ecodebate)
Nenhum comentário:
Postar um comentário