domingo, 19 de abril de 2009

Aí que calor!

Falar sobre aquecimento global parece que virou moda nos últimos tempos. Mas, afinal, você sabe o que esse fenômeno significa? Cientistas acreditam que a temperatura da Terra está aumentando, o que traz resultados ruins para o Planeta. A água de geleiras e a neve acumulada no alto dos montes, por exemplo, derretem e vão para os oceanos. Assim, o nível do mar também aumenta e ameaça cidades e ilhas, que podem sumir do mapa. Segundo as previsões, em alguns lugares do mundo, o mar deve subir 40 cm até 2050 e outros 50 cm até 2100. Vale lembrar que cada centímetro a mais de água do mar resulta em 1 metro a menos de terra nas praias. Pelo jeito, daqui a 100 anos, o mapa mundi que você conhece hoje pode ficar desatualizado. Migração De toda a água do mundo, 2% estão nas geleiras do alto de montanhas, da Antártida (ao sul) e da Groenlândia (ao norte), 97% está nos mares e 1%, em rios, lagos e no subterrâneo da terra. Parece pouca geleira, não? Mas o tantinho disso que já derreteu é um sinal de alerta, por exemplo, para a população das Ilhas Maldivas, arquipélago da Ásia formado por mais de 1000 ilhotas. Lá, a situação é tão preocupante, que o presidente está juntando dinheiro para comprar terras em outro lugar e transferir toda a população, em 30, 50 ou 100 anos. Os habitantes dos arquipélagos de Tuvalu e Kiribati, ambos na Polinésia, também seguem o mesmo exemplo. E nem a rica Veneza, famosa cidade da Itália em que as pessoas se locomovem em gôndolas nos canais, escapa do risco. Lá, as marés fortes estão alagando mais áreas e existem estudos para a construção de barragens protetoras nas lagunas da cidade. Mas os países que não têm dinheiro para mudar o seu povo de lugar? Isso não é fácil de responder. Provavelmente, os povos mais pobres sofrerão as piores conseqüências. De acordo com especialistas em clima, os lugares que correm mais riscos de desaparecer são os que ficam até 10 metros acima do nível do mar. Para se ter idéia, o Vietnã, na Ásia, tem 65% de seu território nessas condições. Bangladesh, também na Ásia, tem 40% de terras na faixa dos 6 metros acima do mar. São dois países pobres. Será preciso união de todo o mundo para ajudar essa gente que ficará sem casa. E na terra do samba? Para nós, pelo menos uma notícia boa há nisso tudo. O Brasil está longe de ser o país mais prejudicado. Com 8,5 mil problema é que nessa porcentagem estão grandes cidades, como Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e Santos. E o efeito do degelo já pode ser visto em outras partes do País. Em Olinda e Jaboatão (PE), São João da Barra (RJ) e no litoral de Santa Catarina, casas construídas há 20 anos que ficavam a 200 metros do mar, hoje estão sendo engolidas pelas ondas. Outras conseqüências do aquecimento global Além do aumento do nível do mar, o aquecimento global bagunça os ecossistemas. Quando a temperatura do ar aumenta, a do mar também se eleva o que interfere na vida das espécies marinhas e atrapalha a cadeia alimentar de diversos animais, inclusive do homem, já que a pesca fica prejudicada. Outra conseqüência do aquecimento global é o aumento da intensidade das tempestades como furacões, tornados, chuvas de granizo e tempestades de raios. Segundo os especialistas, enchentes e furacões, que vêm causando destruição em diferentes cidades do mundo, podem aumentar de freqüência e de poder, adquirindo uma força muito maior e afetando a produção de alimentos, agricultura e pecuária. O aquecimento global só não é responsável por tsunamis e terremotos, que são causados pelo movimento das placas tectônicas (que formam os continentes) e por fatores internos do planeta. Vamos cuidar do Planeta Existe muita discussão sobre o porquê do aquecimento global. O maior vilão é o dióxido de carbono, o gás carbônico jogado na atmosfera por veículos e fábricas. E as florestas não conseguem ajudar o Planeta a respirar, já que estão sendo destruídas. Mas há pesquisadores que não colocam a culpa somente no dióxido de carbono e acreditam que a Terra, desde sua criação, vem sofrendo aquecimentos e resfriamentos globais, independentemente da ação do homem. O problema hoje é a velocidade com que isso vem acontecendo. Polêmicas à parte, o fato é que o aquecimento global é realidade, e teremos de aprender a lidar com os efeitos. Mas, calma! Nada de ficar desesperado e sair por aí espalhando que o mundo vai acabar. Ainda é possível diminuir o ritmo do aquecimento nos próximos séculos. Governos de todo o mundo estão discutindo a emissão de gases poluentes em grupos como o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que une milhares de especialistas para discutir as alterações no clima. Há também o Protocolo de Kyoto, um acordo em que países se comprometem a diminuir a emissão de poluentes. Como essas coisas que envolvem política são complicadas, cada país tem seu interesse, e controlar a emissão de poluentes pode atrapalhar as indústrias, é importante que todo o mundo faça a sua parte. A educação ambiental deve ser levada a sério e ações simples como reciclagem, não desperdiçar água, não jogar lixo nas ruas e cuidar da natureza podem parecer pequenas, mas valem muito mais do que a gente imagina.

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