quarta-feira, 1 de abril de 2009

Aquecimento pode destruir plataforma de gelo da Antártida

Derretimento devido à mudança climática da tênue camada de gelo está alternado o mapa do continente PLATAFORMA DE GELO WILKINS, ANTÁRTIDA - Uma enorme plataforma glacial está à beira do colapso na Antártida, e apenas uma tênue camada de gelo a separa de se tornar a nova vítima do aquecimento global, que está alternado o mapa do continente. "Viemos à Plataforma de Gelo Wilkins para ver seus estertores", disse à Reuters o glaciologista David Vaughan, da Pesquisa Antártica Britânica (BAS), depois que o primeiro e provavelmente último avião pousou perto da parte mais estreita do gelo. A plataforma, com seu topo plano, ocupa milhares de quilômetros quadrados, erguendo-se 20 metros acima do mar, na Península Antártica. Mas ela só se mantém coesa por causa de uma faixa de gelo com 40 quilômetros, cada vez mais estreita, e que no seu ponto mínimo tem agora apenas 500 metros de largura, o que dá a essa formação um formato de ampulheta. Em 1950, essa faixa tinha quase 100 quilômetros de largura. Realmente pode acabar a qualquer minuto, disse Vaughan sobre a neve lamacenta, à luz forte do sol, ao lado de um avião vermelho Twin Otter que pousou sobre esquis. Ele ressalvou que a ponte de gelo pode também durar mais algumas semanas ou meses. A plataforma Wilkins no passado cobria 16 mil quilômetros quadrados. Mesmo tendo perdido um terço da sua área, ainda tem o tamanho da Jamaica. Mas quando a ponte de gelo se romper, o mar deve engolir grande parte do gelo restante. Icebergs do tamanho e formato de shopping centers já pontuam o mar em torno da plataforma em desintegração. Focas vagam à deriva em mar aberto sobre blocos de gelo. Há um ano, o BAS disse com base em um levantamento aéreo que a plataforma Wilkins estava "pendurada por um fio". Milagrosamente, voltamos um verão depois e ela ainda está lá. Se estava por um fio no ano passado, neste ano está por um filamento. Nove outras plataformas recuaram ou desabaram em torno da Península Antártica nos últimos 50 anos, normalmente de forma abrupta, como a Larsen A (1995) ou a Larsen B. A tendência é amplamente atribuída ao efeito estufa. Esta plataforma de gelo e nove outras que vimos com uma trajetória similar são uma consequência do aquecimento.

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