domingo, 31 de maio de 2009

Brasil fica em 8º lugar em índice de mudança climática

Levantamento deixou três primeiras colocações vazias para destacar falta de ações 'fortes' contra aquecimento. O Brasil ficou em oitavo lugar no "Índice de Desempenho em Mudanças Climáticas" num levantamento realizado por organizações ambientais e divulgado em Poznan, na Polônia, durante a reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o tema. Para destacar a falta de ações "fortes" para a redução de emissões de gases que provocam o efeito estufa, os autores da pesquisa - a ONG Germanwatch e a Rede de Ação Climática (CAN, na sigla em inglês) - deixaram os três primeiros lugares vazios. A lista começa na quarta colocação, com a Suécia. "As emissões totais de todos os países cresceram mais rapidamente do que nunca", justificou Jan Burck, um dos autores do estudo da Germanwatch. Em quinto lugar, ficou a Alemanha, seguida por França, Índia, Brasil, Grã-Bretanha e Dinamarca. Os últimos dez colocados são Grécia, Malásia, Chipre, Rússia, Austrália, Cazaquistão, Luxemburgo, Estados Unidos e, finalmente, Arábia Saudita. Guinada alemã O índice comparou 12 indicadores de 57 países para avaliar o nível de emissões, a tendência e a política para o clima de cada país. Entretanto, ele não levou em consideração as emissões provocadas pelo desmatamento e pelo uso da terra. Somadas, as emissões dos países incluídos no Índice de Desempenho em Mudanças Climáticas representam 90% da produção de gás carbônico no planeta. "Nenhum único país pode ser julgado satisfatoriamente no que diz respeito à proteção do clima", esclareceu Burck, destacando que a recente mudança de direção na política ambiental alemã não pôde ser incluída a tempo. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que até a reunião da ONU em Bali, no ano passado, era vista como uma das principais defensoras de metas de redução ambiciosas, vem afirmando que o combate à crise econômica mundial pode levar o país a rever suas posições. Organizações ambientais aguardam a conclusão do encontro em Poznan na sexta-feira para verificar os impactos da crise econômica mundial nas negociações sobre o clima. No ano passado, os três primeiros lugares na lista ficaram com Suécia, Alemanha e Islândia. Na lanterninha, ficaram Austrália, Estados Unidos e Arábia Saudita.

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